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Enviada em: 22/05/2018

Nos últimos tempos, o movimento pela humanização do parto tem discutido sobre a violência obstétrica e abordando a necessidade de conscientização da sociedade e principalmente das mulheres acerca dos riscos derivados de uma silenciosa e cada vez mais comum num país com alto índice de cesarianas desnecessárias.Segundo Frederick Leboyer, médico francês, que na sua obra " Por um nascimento sem violência" questionou o excesso de intervenções médicas em um momento que deveria ser natural, o nascimento e o parto e assim que surgiu o conceito de parto humanizado.   De acordo com uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo no Brasil, cerca de 25% das mulheres que tiveram filhos por vias naturais na rede pública e privada sofreram violência obstétrica.Os abusos mais citados foram:negar ou deixar de oferecer algum alívio para a dor, não informar a mulher sobre algum procedimento médico que será realizado, negar a entrada de um acompanhante, agressão verbal ou física por parte do profissional da saúde.   Ademais, mesmo estando hoje, absolutamente contraindicada, ainda se faz uso da "Manobra de kristeller" que consiste em um dos membros da equipe fazer compressão intensa, na intenção de "auxiliar' a contração uterina.Sua aplicação cria sérios riscos, podendo causar rotura de órgãos como o útero, fígado e bexiga da parturiente.A maioria das mulheres não conseguem reconhecer a violência, só na medida em que elas descobrem que o parto poderia ser de outra forma é que compreendem o que sofrem.   Dessa forma,conclui-se que, medidas urgentes devem ser tomadas por parte do Ministério da Saúde, promovendo palestras e disponibilizando para todos os profissionais da saúde, na tentativa de melhorar a relação médico-paciente para que violência como essa não aconteça.Da mesma maneira que, quem teve seu direito desrespeitado durante o trabalho de parto deverá reclamar junto à ouvidoria dos serviços de saúde e poderá recorrer ao poder judiciário caso necessário.Pois, segundo o Manual Técnico de Assistência Pré-Natal do Ministério da Saúde, a humanização ao parto pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição.Portanto elas tem direitos a escolha do local de nascimento, a presença de um acompanhante, bem como, aceitar a sua recusa à certas condutas que lhe causem dor ou constrangimento.