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Enviada em: 23/05/2018

É indubitável que a violência obstetrícia é frequente ponto de preocupações, descasos e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época da Escravidão, quando as escravas, durante o período de gestação eram submetidas à mesma rotina dura de trabalho durante os nove meses, sem direito a privilégio algum e, por conseguinte, no momento do parto eram desprovidas de conforto e tratadas de maneira inclemente, além de não possuírem descanso algum, no ínterim pós-parto, sendo subordinadas a voltarem para as suas tarefas com os filhos recém-nascidos amarrados na cintura, o impasse ainda persiste. Visto que, hodiernamente, a violência no decorrer do processo obstétrico é existente. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas escravagistas e a falta de respeito e consideração pelas mulheres gestantes dificultam a resolução da questão.   Considerando-se a vasta miscigenação de mulheres grávidas, insipiência histórica proveniente do período escravocrata, falta de orientação psicológica, no decurso do pré-natal, e profissionais de saúde qualificados e respeitosos no âmbito de saúde pública e privada que visem o cuidado e a comodidade de pacientes à espera de uma criança, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa pluralidade e indignação no que se refere à negligência por parte dos médicos obstetras e enfermeiros da obstetrícia que, acredita-se, são mal orientados no decorrer da formação acadêmica e provocam diversos tipos de violência contra a mulher ao longo do trabalho de parto devido a sua vulnerabilidade.   A Biologia nos mostra com Darwin que nem sempre é o mais forte quem sobrevive, mas aquele que melhor se adapta a novas situações. Nesse sentindo, é possível afirmar que a violência obstétrica é pouco discutida no meio social brasileiro e que muitas mulheres já vivenciaram esse crime e por causa da falta de conhecimento se adaptaram a presenciar esse tipo de violação o que torna-se necessário medidas que visem a mudança dessas atitudes agressoras para a adequação humanitária nesse processo.   Convém, portanto, ao Ministério da Saúde promover, com uma parcela dos impostos públicos fornecidos pelo Governo, contratação de psicólogos obstétricos nos postos de saúde de todas as regiões para as gestantes, que orientem durante o pre-natal e no momento logo antes do parto, para que essas se sintam confortáveis antes do parto. Além de, cartilhas, informando sobre a violência obstetrícia e de como denunciar. Ademais, o Ministério da Educação deve exigir que os médicos residentes em obstetrícia tenham acompanhamento psicológico com psicólogos públicos para que, assim, esses respeitam a dignidade da mulher que vem sendo desrespeitada a partir da escravidão.