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Enviada em: 01/06/2018

Pode-se definir a violência obstetrícia como qualquer ato de agressão ou humilhação para com gestantes e parturientes. Isso deve-se as práticas tradicionais que muitos hospitais brasileiros ainda utilizam, como o exacerbado número de cesarianas desnecessárias. Além disso, inúmeras mulheres são submetidas a atos desumanos e humilhantes no momento do parto, como é o caso de episiotomias feitas sem o consentimento das pacientes.       Em primeiro lugar, observa-se que, segundo dados da revista "Época", 71% das parturientes não tiveram direito a acompanhante, sendo assim, ocorre a violação da lei do acompanhante de 2005. É necessário haver uma pessoa que tenha ligação com a paciente para ajudá-la nesse momento, pois há uma forte indução de médicos e enfermeiros para ser realizado o parto cesáreo sem precisão, apenas para acelerar o processo. Portanto, há uma analogia com a indústria, essa faz tudo em menos tempo para lucrar mais.       Em segundo lugar, nota-se que esse processo violento de parto vivido por muitas mulheres está diretamente ligado à cultura do machismo, pelo simples fato de acreditar que o sexo feminino é submisso e objetificado. Tal objetificação é destacada no processo de episiotomia, ou seja, pequeno corte na genital feminina para passar o bebê, em que na maioria das vezes, é feita sem necessidade e sem o consentimento da paciente. Conclui-se que essa é a realidade de muitas mães, como é abordado no documentário "Violência Obstétrica - A voz das brasileiras".       Diante disso, é importante que haja a criação de uma lei pelo Poder Legislativo, fazendo com que a violência obstetrícia seja considerada crime, ocorrendo assim, uma punição de um a dois anos de prisão para quem a cometer. Além disso, outra medida é a criação de campanhas nas mídias, como a internet, pelo Ministério da Saúde, visando a conscientização social em relação a essas ações desumanas.