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Enviada em: 25/05/2018

Vidas novas, atitudes velhas   O nascimento de uma criança é um acontecimento marcante na vida de qualquer pessoa, seja ela a mãe, o pai ou até parentes não tão próximos. Entretanto, observa-se que o trabalho rotineiro, aliado a repetição, muitas vezes colaboram para que o profissional obstetra perca a sensibilidade e o altruísmo, necessários para o trabalho. Como dizia Platão: "O mais alto nível de educação é a tolerância". A criação da vida é algo comum a todos os seres-vivos, por isso, não pode ser de maneira alguma subestimado.   No Brasil, a questão da violência obstétrica vem ganhando força de debate nos últimos tempos. Pela primeira vez, é possível observar a movimentação de autoridades governamentais interferindo no assunto. Como exemplo, temos o governador de Santa Catarina, que recentemente sancionou a lei N. 17.097. Tal lei tem por objeto a informação e a proteção à gestante e parturiente no estado de Santa Catarina.   Porém, apesar de contribuir para a atenção nacional, a medida não representa esperanças reais de melhora no cenário nacional. Dados demonstram que a violência é recorrente, e atinge percentual considerável das gestantes no país. Por isso, os fatos acima sugerem a existência de demanda urgente por discussões à respeito do assunto, em todo o território.   Não deve-se permitir que a insensibilidade do profissional cause danos físicos e psicológicos à uma gestante, assim como é repudiável o excesso de medicamentos durante o parto, para facilitar o lado do médico. O bem-estar do paciente deve estar sempre em primeiro lugar em procedimentos como este.   É evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas por parte do governo, que irá, além de fiscalizar melhor a realização de partos no país, criar campanhas de conscientização nas faculdades de medicina do país. Deste modo, evita-se que o profissional chegue aos hospitais com atitudes que possam trazer danos a pariente.