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Enviada em: 02/07/2018

A modernidade líquida discutida por Bauman, é a explicação para a liquefação da relação médico-paciente. A violência obstetrícia é um dos efeitos dessa condição, ocasionando às vítimas traumas psicológicos e físicos. Esse tema deve ser debatido a fim de solucionar a questão no Brasil.      A constituição federal de 1988 prevê à garantia de dignidade para os cidadãos. Contudo, quando se trata de parturientes, o desrespeito é comum. Essa condição é reflexo da desumanização de mulheres  em trabalho de parto. O desconhecimento frente ao assunto, também corrobora para a assiduidade desse comportamento médico. Tipificar essas ações, seguindo o exemplo da Venezuela, é um meio para evitar a generalidade desse fato social. Visto que o combate a violência física contra mulheres fortificou-se e tornou-se mais eficiente com a lei Maria da Penha e a lei do Feminicídio.     Cabe destacar, nessa temática a preferência médica pela realização de cesáreas, ainda que partos humanizados sejam preteridos pela Organização Mundial da Saúde. Isso se deve a objetificação humana e a remuneração monetária de acordo com o número de cirurgias. Nessa composição, minorias sociais, dependentes do sistema único de saúde, estão mais sujeitos a esse tipo de violência. Uma vez que, o sucateamento desse impede o acesso amplo à informação, devido à ausência de acompanhamento pré natal para todos. Nessa circunstância, a presença do Ministério da saúde é indispensável.       A partir dessa análise, evidencia-se a necessidade de medidas. Para que a humanização da mulher seja uma realidade é imprescindível que seja integrado, pelo Ministério da Educação, a grade curricular de áreas médicas, discussões que delimitem atitudes éticas frente a esse assunto. Além disso, é papel do poder legislativo a elaboração de leis que conceituem esse tipo de violência e definam punições adequadas para aqueles que não a cumprirem,  Para que isso ocorra, essa ação deve ser associada a presença do Ministério da Saúde a fim de  investigar e punir dentro dos hospitais casos de violência obstetrícia. Com a união dessas medidas, a relação médico-paciente tornará-se mais sólida.