Segundo Simone Beauvoir "Quando se respeita alguém, não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento". O pensamento, remete à ausência de conhecimento da mulher e sua gestação, em função das agressões obstétricas existentes nos hospitais. Nesse sentido, educar a gestante junto ao pré-natal e humanizar os profissionais da saúde, é fundamental. Após a fecundação, com a formação do zigoto, a gestante sofre alterações biológicas, físicas e psicológicas. Com isso, torna-se importante, educar a parturiente à respeito das manifestações fisiológicas do corpo e do processo gestacional. A ausência do conhecimento das etapas da gestação, expõe a gestante a situações vexatórias, procedimentos desnecessários, como o uso da ocitocina e a exclusão na escolha do tipo de parto em que estará sujeita. Por outro lado, a inexistência da humanização de alguns profissionais da saúde, é evidenciada pelas estatísticas. Em matéria vinculada na revista época no mês de maio deste ano, constata-se, que 73% das gestantes foram privadas de medicamentos para o alivio da dor, ainda, outras 75% não receberam alimentação durante o trabalho de parto, indo contra as recomendações da organização mundial da saúde. Nota-se que humanizar é preciso. Portanto, é evidente, que consentir e respeitar é o caminho para combater a violência obstétrica no Brasil. A criação de projetos educacionais,com finalidade de integrar a equipe de saúde e orientar a gestante, através de um curso intensivo envolvendo toda a família da parturiente, amenizaria a problemática. Paralelo a essas ações, o ministério da saúde, em parceria com o MEC e órgãos, como Parto do Principio, poderiam se unir as instituições de ensino e buscar a reformulação da formação dos profissionais da saúde, qualificando-os para ver os pacientes de forma integral e humanizada. Conclui-se, que respeitar a integridade é uma prática obrigatória e não força a alma de nenhum individuo.