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Enviada em: 29/05/2018

À questão da violência obstetrícia no Brasil nunca foi dada a devida importância, visto a ausência de visibilidade e informação sobre o assunto.   Segundo dados de uma pesquisa realizada pela revista Época em 2015, 25% das pacientes foram desrespeitadas durante a gestação ou no trabalho de parto e outras 71% afirmam que não tiveram a oportunidade de ter um acompanhante durante o procedimento, direito, o qual, é previsto em lei desde 1990. Apesar dos números alarmantes, pouquíssimos meios de comunicação geram debates ou apresentam conteúdo sobre os direitos que as gestantes possuem; permitindo, dessa forma, que mais casos de hostilidade obstetrícia aconteçam.   Uma vez que este tipo de violência também abrange ofensas e opressões verbais, é válido ressaltar a falta de apoio e ética para com as mulheres em trabalho de parto. Tratar a paciente de forma agressiva, ironica e privá-la de suporte físico e emocional são condutas que compõem o quadro de atendimento da maioria dos hospitais do país. Devido isso, algumas mulheres acabam adotando os serviços de doulas, profissionais que fornecem apoio e assistência à gestante antes, durante e até mesmo após o parto. Porém, como ainda não há uma regulamentação oficializada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, muitos médicos não permitem a participação das doulas nos procedimentos.   Em virtude do que foi mencionado, é necessário adotar reformas que melhorem as condições obstetrícias e que garantam os direitos das gestantes do país. Medidas como: aumento de reportagens e conteúdo sobre o tema, por parte das emissoras de TV, jornais e revistas, por exemplo, e a elaboração de uma lei que permita a atuação das doulas nos procedimentos do parto, podem induzir à redução, ou até mesmo ao fim, da violência obstetrícia no país.