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Enviada em: 07/06/2018

A violência obstetrícia pode ocorrer durante a gestação, parto e pós parto e infelizmente, é muito comum nas unidades de saúde no Brasil. Ademais, o desrespeito psicológico e físico as grávidas e a realização de procedimentos não recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) configuram esse cenário. Diante disso, fica claro a necessidade de medidas que visem diminuir tais práticas.   Em primeiro lugar, de acordo com a Fundação Perseu Abramo 1 em cada 4 grávidas sofrem violência obstétrica. Tal número poderia ser maior, haja vista que muitas mulheres não sabem que sofreram esse tipo de  violência e até achavam normal práticas como , por exemplo, pressionar a barriga para o bebê sair mais rápido. Assim, a falta de informação contribui de forma assustadora para que as mulheres não denunciem e, também para uma visão deturpada do que deveria ser  um parto natural ou cirúrgico.    Em conformidade com o Fundo Das Nações Unidas para Infância (Unicef) o Brasil é o segundo com o maior percentual de cesariana no mundo. É uma situação preocupante porque a OMS recomenda que essa intervenção seja feita em casos de risco ou para mãe e a criança, no entanto não é isso que ocorre na maioria dos casos. O número alto tem relação direta com  o alarde feito por médicos muitas vezes com um interesse financeiro, sobre o parto normal, como pode ser observado no documentário " Violência Obstetrícia- a voz das brasileiras" no qual há relatos de  mães que não foram questionadas sobre qual parto queriam ter, e também sofriam um terror psicológico a cerca do parto normal por profissionais da área. Portanto, é evidente que leis que protejam mulheres desses abusos sejam estabelecidas em todo território nacional.    Em suma, urge que ONG's e o Estado realizem medidas que amenizem essa problemática. A priori, ONG'S  que tenham como causa a maternidade devem através das redes sociais e pequenos grupos de bairro divulgar e debater a respeito das várias formas de violência obstetrícia, com o intuito de informar e evitar que mais casos ocorram. Outrossim, o governo federal deve sancionar leis que torne obrigatório um maior detalhamento de todo o procedimento de parto e pós parto em entidades públicas e privadas, e em caso de cesáreas  que só devem ser feitas nos casos específicos da mesma forma, caso haja alguma irregularidade o profissional seja punido.