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Enviada em: 14/06/2018

Atualmente, segundo dados da rede de mulheres Parto do Princípio, uma em cada quatro mulheres sofreram algum tipo de violência obstetra no Brasil. A violência obstetra é caracterizada por diversas situações, as mais recorrentes ocorrem durante o parto, quando à proibição de acompanhante, que é previsto por lei desde 2005, e realização de procedimentos sem o consentimento da parturiente ou do acompanhante.      O Brasil é o país que mais faz cesáreas no mundo, tal dado é preocupante, já que estudos científicos comprovam que crianças que nascem por parto natural, apresentam uma menor probabilidade de contrair doenças crônicas, além do risco da cesárea à parturiente, por ser um procedimento extremamente invasivo e muitas vezes realizado sem fundamentos médicos que indicassem tal cirurgia.        Ademais, a escolha pela cesárea reflete a preocupação de diversas mulheres perante ao parto, já que a violência obstetra está atrelada a uma série de procedimentos invasivos como a episiotomia, um corte na região entre a vagina e o ânus da mulher a fim de aumentar o canal vaginal para passagem do bebê e também a indução do parto pelo hormônio ocitocina, tais procedimentos ocorrem em desacordo com a parturiente ou sem o consentimento da mesma.           Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao Ministério da Saúde em parceria com a rede SUS a implantação de um plantão de atendimento informativo pré natal, em hospitais maternidade da rede pública, afim de sanar todas as dúvidas referentes ao parto. O Ministério dos Direitos Humanos em parceria com emissoras televisivas, deve criar um material em vídeo, com depoimentos de mulheres que sofreram violência obstetra, para ser transmitido em horários estratégicos, afim de sensibilizar a população da importância de tal fato.