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Enviada em: 13/06/2018

No documentário "Nascer no Brasil" é demonstrado histórias de mulheres que enfrentaram os descasos e sofrimentos na sala de parto . Paralelo a essa obra está a situação de muitas gestantes brasileiras, no qual enfrentam a indiferença de equipes médicas e por não haver um esclarecimento, normalizam a situação.Surgem assim, traumas psicológicos nas mães e riscos no bem estar da criança.      Primordialmente, é de grande notoriedade que a partir da terceira Revolução industrial, uniram-se as ciências e as produções decorrentes dos avanços em muitas áreas tecnológicas. Ademais, na medicina não foi diferente, houve um veloz desenvolvimento desta ciência. No entanto, ainda permeiam falhas de caráter institucional no descaso da saúde, amplamente entrelaçado à desumanização de assistência à saúde das vítimas, sendo decorrentes opressões com relação ao gênero. Destarte, na violência obstétrica muitos profissionais apropriam-se do corpo e dos procedimentos na efetuação dos partos,em que a autonomia da mulher perante as escolhas e dores, se tornam ignoradas.Nesse contexto, perpetuam a ausência de informação para as camadas menos favorecidas sobre esses tipos de agressões, propiciando a normalização quanto aos atos e a dificuldade na busca pelos seus direitos.       Por conseguinte, embora preconize durante os cursos sobre a tese do filósofo Hipócrates a despeito da ética na medicina humanizada, na prática não existe a efetuação desse juramento.Decorre também das grades curriculares, comumente vezes, não abordarem de maneira ampla e explícita a importância do paciente, ocasionando a mecanização dessa área . Assim, passam a valorizar somente o lucro, acarretando prejuízos na qualidade de vida das gestantes e das crianças, podendo ocasionar comprometimento cognitivo e físico, sobretudo pelo uso da violência. Vide essa ideia, prossegue para as experiências traumáticas vivenciados pelas mães também no período do pós-parto, haja vista a negligência no amparo hospitalar. Outrossim, contribui para essa ocorrência falhas na prática da Lei do Acompanhante, quando  barram a entrada dos familiares, ocasionando abalos emocionais às vítimas.      Portanto, urgem-se ações do Estado no Poder Executivo para fiscalizar e intensificar a Lei do acompanhante, para amenizar o sofrimento de muitas mulheres na hora de dar à luz. Além disso, deve ser promovido junto ao Ministério Público projetos no quesito de capacitação profissional para os responsáveis da área médica, implementando durante e após o término do curso a necessidade do respeito à ética. Torna-se imprescindível a atuação da demonstração e ampliação desse tema nas instituições escolares, com aulas temáticas, para tornar explícito a importância desse assunto. E por fim, deve-se também ser realizado debates inserindo a comunidade civil e Organizações não Governamentais,a despeito de informar e conscientizar sobre a luta por mudanças no campo obstétrico.  mudanças.