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Enviada em: 16/06/2018

Desde os primórdios da sociedade brasileira até meados do século XX a principal função imposta à mulher, pelo machismo, era de objeto reprodutor e o processo gestativo tinha que ser algo sólido, indolor e monótono, ou seja, sem reclamações. Entretanto, após os direitos adquiridos pelas mulheres e a modernização de técnicas e procedimentos, a violência obstétrica ainda se faz presente em âmbito nacional. Desse modo, a troca de princípios da medicina, em virtude  da ponderação do capitalismo, implica no antiprofissionalismo e no aumento da taxa de mortalidade infantil.    É indiscutível que a falta de interesse profissional de médicos e enfermeiros gere uma ruptura na essência do trabalho de parto. Nesse sentido, como disse o filósofo Rousseau, "A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável", ou seja a ganancia advinda do capitalismo fez com que o nascimento de crianças tornou-se mero meio de médicos adquirirem dinheiro. Dessa forma, como consequência, as mães são tratadas cada vez com mais descaso, o que além das dores físicas - causadas pelas contrações - provoca um deficit psicológico  decorrente da falta de apoio em um momento de muita tensão.     À vista disso, fora os traumas gerados às mães, os atos bárbaros podem ocasionar sequelas aos bebês, com grande risco de levarem a óbito. Assim, com a preocupante deficiência na assistência hospitalar aos recém nascidos, em 2016 segundo a fundação Abrinq, a taxa de mortalidade na infância apresentou piora. Dessa maneira, os rudes e indevidos procedimentos, entre eles: a falta ou a irrelevância de um processo cesariano, com a intenção de apressar e facilitar o trabalho da equipe médica provocam problemas pulmonares, cerebrais e até mesmo a morte.     Destarte, que por danificar o efeito materno e provocar ações que impeçam a continuidade de uma vida, a violência obstétrica deve ser abolida. Isto posto, o Ministério da Saúde deverá investir em uma metodologia conscientizadora de ética, através de palestras e propagandas publicitárias, a fim de haver uma maior preocupação, responsabilidade e profissionalismo dos envolvidos no trabalho de parto. De mesmo modo, a sociedade brasileira terá que ficar atenta às práticas violentas e por meio de seus direitos democráticos carecerá solicitar  ao estado uma rígida fiscalização, com o propósito de melhorias no atendimento em clínicas e hospitais. Dessarte, além de não ser violentada cada mãe terá a chance de acolher, amamentar e proteger seu fruto.