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Enviada em: 16/06/2018

A violência obstétrica não é um problema recente. Na época da Alemanha Nazista, por exemplo, mulheres Judias e negras eram submetidas a diversos experimentos durante o trabalho de parto, cortes sem anestesia e retirada da criança a força. Essas práticas eram justificadas em nome da ciência. Na sociedade atual,  essa problemática ainda persiste e possui um agravante: a impunidade.        Por conseguinte, muitas mulheres ainda sofrem maus tratos na hora de trazer uma nova vida ao mundo. A atriz e youtuber Gabriella Cywinski, por exemplo, sofreu terror psicológico para ceder a cirurgia cesária e recebeu a episiotomia não consentida. Apesar do trauma físico e psicológico, o apoio de seus familiares foi essencial para a recuperação. Gabriella optou por  ganhar sua segunda filha em casa com o objetivo de garantir que não tivesse seu corpo e alma violados novamente.     Entretanto, o que acontece com as milhares de mulheres marginalizadas, solteiras e sozinhas que sofrem diariamente com isso? Muitas vezes são ameaçadas para não contar a ninguém  e não possuem apoio familiar, governamental e médico? Depressão pós parto, traumas e a certeza de que ninguém será punido pelas marcas que ela carregará para o resto da vida. Os médicos que praticam essa impetuosidade normalmente não são denunciados pois a vítima tem vergonha e medo das consequências.        Além disso, devido a estes fatores, muitas mulheres optam por parir em casa. Ato arriscado pois mesmo que um médico esteja presente, caso alguma complicação grave aconteça o tempo necessário para chegar ao hospital pode causar o óbito dos pacientes. Contudo, o medo de ser violada é tão grande que muitas pessoas preferem correr esse risco a ter seus corpos e mente mutilados.        Portanto, para solucionar o impasse,  é necessário que o Ministério da Saúde repasse parte de suas  verbas para a contratação de  doulas, que são profissionais especializadas em partos humanizados,  e as envie a todos os hospitais. Elas servirão de apoio emocional as parturientes e denunciarão qualquer caso de violência obstétrica ao CRM ou COREM dos médicos e enfermeiros envolvidos. A partir disso, é esperado que as doulas contribuam para a diminuição da taxa de mulheres que possuem sequelas e traumas pós parto.