Materiais:
Enviada em: 22/06/2018

Não é raro encontrar, atualmente, casos de mulheres que tiveram seus direitos negligenciados na hora do parto, mesmo existindo leis que as protegem. Constata-se que a violência obstétrica é um assunto recorrente que afeta a vida de diversas mulheres brasileiras silenciosamente, sendo causadas tanto pela falta de informações, como também pelo desrespeito dos profissionais atuantes.   Em primeiro plano, Hegel em seus estudos filosóficos explica a respeito do espírito da época, em que cada período da história possui uma consciência que a define. Ao retratar este conceito atualmente, pela lei as mulheres estão sendo protegidas dos casos abusivos que ocorrem principalmente no trabalho de parto. Contudo, a falta de acesso de informações destes indivíduos perante estas leis permitem a perpetuação dos casos de violência obstétrica. Sendo assim, mesmo que a consciência política da nação define medidas contra estas agressões, a precarização de acesso destas informações pela população faz com que a consciência coletiva ainda não reconheça esses casos, prevalecendo assim os valores patriarcais da cultura do parto e dos cuidados femininos.    Não se pode esquecer de que a falta de informações das pacientes não justificam o desrespeito dos profissionais de saúde atuantes. No Brasil, diversas mulheres foram impedidas de usufruírem de seus direitos ou foram ofendidas em período de parto, como por exemplo, tiveram seus direitos de acompanhante recusado mesmo que exista uma lei vigente desde 2005 ou foram desrespeitadas, sendo atendidas de forma não empática, grosseira, zombeteira ou de qualquer forma que faça-a se sentir mal. Além disso, é incabível que os funcionários responsáveis pelo bem estar da população e garantir a saúde dos indivíduos, ofereçam atendimentos ofensivos e não adequados para as mulheres gestantes, contrariando totalmente a consciência da época que titula os médicos e auxiliares como pilares confiáveis para a segurança e bem estar das pessoas.    Diante dessa problemática, consta-se que o espírito da época intitulado por Hegel, atualmente define medidas contra a violência obstétrica, porém elas não são colocadas em práticas em detrimento da falta de informações da população. Desse modo o Ministério da Saúde, por meio de palestras em instituições de ensino e comerciais educativos em horários de grande audiência, faça com que as leis existentes contra essas agressões se torne de fácil acesso, a fim de que as mulheres saibam de seus direitos e em futuros casos, saibam como se defender e a quem recorrer. Também, o Ministério da Saúde deve providenciar um aplicativo gratuito sem fins lucrativos, em que por meio dele as mulheres possam se pronunciar contra profissionais de saúde que cometerem atos não éticos, se tornando um grande auxílio para a fiscalização e controle de futuros casos.