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Enviada em: 05/07/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada em 1948 pela ONU - afirma que todos os indivíduos têm o direito à segurança e ao bem-estar social. Entretanto, quando se analisa o elevado número de relatos de violência obstetrícia, percebe-se que nem todos usufruem desses direitos. Nesse âmbito, dois aspectos são preponderantes: a incompreensão popular sobre o tema e a falta de empatia das pessoas.     Diante desse cenário, deve-se perceber que uma parcela significativa da população não demonstra preocupação com a violência obstetrícia, uma vez que as mulheres são uma minoria política. Esse fato, consoante com o pensamento de Schopenhauer de que o limite da visão de uma pessoa determina suas opiniões de mundo, faz com que o Estado, que tende a atender somente as maiorias, reflita o pensamento popular e ignore o problema.     Ademais, a mentalidade da população mostra-se despreparada no que diz respeito a fornecer o devido tratamento às gestantes. Isso foi evidenciado pela experiência, documentada pela revista Época, de Joyce Guerra, que afirmou ter dito aos médicos que a anestesia não funcionara e, mesmo assim, foi operada com cesariana. Tal fato remonta ao ideal de sociedade hobbesiana, na qual o caos surge, em partes, pela falta de empatia das pessoas. Sendo assim, é necessária uma transformação social para que as grávidas sejam devidamente respeitadas.    Portanto, a fim de solucionar a questão supracitada, evidencia-se a necessidade da implementação de campanhas de conscientização, promovidas pelo Governo Federal, que atinjam todo o país. Tais campanhas devem ser divulgadas através da mídia, que tem grande influência sobre a população, e devem atuar por meio de palestras, manifestações e propagandas que terão o intuito de induzir nas pessoas o comportamento adequado com as gestantes. Dessa forma, certamente, o problema da violência obstetrícia será erradicado.