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Enviada em: 11/07/2018

A violência obstétrica fere a dignidade da mulher e anula os seus direitos, devendo ser suprimida. Entretanto, é uma realidade vivenciada por uma em cada quatro mulheres brasileiras, segundo dado da Fundação Perseu Abramo. Nesse contexto, deve-se analisar como a atitude médica e a falta de informação sobre o assunto causam tal problema e como combatê-lo.                     Em primeiro plano, a falta de empatia dos profissionais da saúde é a principal causa para a problemática em questão. Isso se manifesta quando interesses pessoais são colocados acima dos diretos da paciente, ocasionando em abuso, desrespeito e maus-tratos, como por exemplo, na realização de cesária não recomendada para reduzir o tempo gasto no parto. Ademais, o uso de técnicas antiquadas como episiotomia demonstra que mudanças devem ser tomadas para a prática de um parto mais humanizado.       Em soma, acentuada parcela de gestantes não dispõe do conhecimento a respeito do que é a violência obstétrica, como ela pode se manifestar e quais são os seus direitos. Desse modo, sem orientação e em momento de fragilidade, muitas mulheres não sabem como agir e acabam não denunciando. Fato esse que colabora para a persistência da violência obstétrica.               Torna-se evidente, portanto, que caminhos para o fim da violência obstétrica devem ser traçados. Para tal, cabe ao Ministério Público garantir a dignidade e assegurar o cumprimento dos direitos das gestantes, por meio de uma maior fiscalização dos serviços de saúde pública, a fim de evitar que atos degradantes às mulheres grávidas aconteçam. Bem como, o Estado deve difundir informações sobre esse tipo de violência, por meio de propagandas em canais abertos de televisão, visando a conscientização da população e incentivando o ato de denúncia.