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Enviada em: 19/07/2018

Embora, a Constituição Federal garanta o direito de proteção à maternidade e à infância, dados elaborados pela rede Parto do Princípio concluem que 25% das gestantes já sofreram violência obstétrica. Dessa forma, é importante destacar a falta de informação e o descaso dos serviços de saúde como influenciadores para a problemática e prever medidas para alterar tal cenário.    Em primeira análise, é relevante abordar a falta de informação como fator decorrente das práticas de violência. Isso se deve, pela omissão de gestantes que já foram vítimas de violência e ausência de medidas reivindicatórias que visem alertar outras gestantes sobre o drama que diz respeito aos direitos da mulher no decorrer do trabalho de parto. É comum, por exemplo, reconhecer através de filmes e novelas, o parto como um acontecimento extraordinário e sem intervenções, o que contribui às mulheres a alienação a respeito do real.   Deve-se abordar, ainda, a falha nos serviços de saúde destinados às gestantes. Um dos pontos mais levantados recentemente diz respeito à práticas realizadas durante o parto que prejudicam sua evolução, como o uso de substâncias sem consentimento, exames de toque desnecessários e dolorosos, além do não oferecimento de alimentos durante o trabalho de parto, prática aconselhada pela OMS, Organização Mundial da Saúde. Sendo, portanto, um problema social, uma vez que há falta de acompanhamento que diz respeito à saúde de ordem biológica e psicológica.   Nessa perspectiva, mudanças fazem-se urgentes, visto que tais atos ferem os direitos humanos. É portanto, cabível ao Ministério de Saúde, em conjunto com a mídia, investir em ações nos meios de comunicação social, como propagandas relatadas de vítimas de violência, que alertem gestantes sobre seus direitos. Além disso, cabe ao governo, disponibilizar verbas para admissão de profissionais especializados para realizar partos sem intervenções desnecessárias e com empatia à mulher e à criança.