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Enviada em: 27/08/2018

A violência obstetrícia é um assunto que está sendo bastante debatido atualmente em todo o país, mas o que seria tal brutalidade? humilhação, agressão física e verbal e privação de direitos são algumas das impetuosidades que acometem as gestantes durante o trabalho de parto em muitos hospitais brasileiros. Segundo Michel foucault, filósofo e sociólogo francês, toda relação humana tem por base uma relação de poder, e , diante a fragilidade da mulher nesse momento, profissionais da saúde, com uma falsa sensação de superioridade, sentem- se no direito de oprimir o lado mais frágil.        Aprofundando-se no assunto, percebe-se que essa violência tem princípios na cultura machista do país, que trata a mulher como uma máquina de fazer filhos, desumanizando-a e ignorando toda a delicadeza que envolve o momento do parto, violando claramente os princípios dos Direitos Humanos, como a dignidade, respeito, igualdade, o valor da pessoa enquanto ser humano e a justiça. Deixando claro, portanto, que no combate desse mal tem que ocorrer uma mudança em toda a sociedade e sua raiz sexista.        Vale ressaltar que todas as mulheres estão sujeitas a passar por essa violência, mas os índices são ainda maiores para as jovens, pobres e negras, segundo aponta a própria Organização Mundial de Saúde, ou seja, um lado ainda mais marginalizado da sociedade, e consequentemente, sem voz na mesma. O fato revelado acima traz veracidade ao pensamento foucaultiano mencionado no início do texto, as relações de poder entre um oprimido (gestante) e o opressor (profissional responsável pelo parto).                    Tendo em vista os aspectos relatados no decorrer do texto, faz-se necessário que haja alterações na sociedade a longo e curto prazo, como a mudança a cultura machista e seus inúmeros problemas para a sociedade e a imediata denuncia dos casos recorrentes, respectivamente. Para tanto, o governo federal precisa investir em propagandas, com depoimento de vítimas, nos mais diversos meios de comunicação, alertando sobre o que se trata a violência obstetrícia e que é crime, incentivando a denuncia para que acabe esse sentimento de impunidade nos agentes de saúde.