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Enviada em: 27/07/2018

O trabalho de parto é um processo naturalmente doloroso para as mulheres, mas as dores ficam cada vez mais intensas à medida que as gestantes são submetidas à ofensas e atos desrespeitosos praticados, principalmente, por profissionais da área da saúde.    Tal fato é recorrente no Brasil; muitas mulheres sofrem ou já sofreram violência obstetrícia. Em muitos hospitais, as gestantes precisam ficar submissas e aceitas quaisquer decisões tomadas pelo médico; na maioria das vezes, elas não são nem mesmo informadas à respeito dos procedimentos que serão realizados em seus corpos.    Ainda, algumas mulheres optam por parto normal mas a equipe médica realiza cesária, visto que cesárias são procedimentos rentáveis, e, segundo, Nietzsche, "o que outrora se fazia por amor a deus, hoje se faz por amor ao dinheiro. Então, no sistema capitalista em que vivemos, um procedimento rentável é considerado melhor opção.    Além disso, certo número de mulheres são agredidas verbalmente, impedidas de expressar a dor que está sentindo e ignoradas quando a anestesia não faz efeito durante o processo de parto. Muitas delas não têm direito a acompanhante, mesmo isso sendo previsto em lei.    Tais atos são humilhantes e traumatizantes. Assim, é de responsabilidade do Ministério da Saúde asseguras práticas respeitosas durante o trabalho de parto. Uma forma de fazer isso é implantar a prática de parto humanizado no SUS ( Sistema Único de Saúde) e contratar profissionais da área da saúde a fim de fiscalizar frequentemente como estão sendo realizados os partos        Assim, todas as mulheres teriam direito ao parto humanizado, solidário e digno, uma vez que o respeito à dignidade individual é a via para a solidariedade humana, como afirma Pierre Nouy.