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Enviada em: 09/10/2018

A violência contra a mulher grávida no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo, a violência obstétrica atinge 25% das mulheres do país. Além do tratamento desumano e abuso de médicos, essas mulheres perdem a autonomia sobre seus corpos. Nesse âmbito, cabe discutir formas para solucionar essa problemática da sociedade brasileira.    Primeiramente, é primordial ressaltar a negligência dos profissionais da saúde, no qual médicos e enfermeiros ignoram a humanização do sistema de saúde, ferindo os direitos humanos, onde o tratamento de saúde pública ofertado às parturientes. Desse modo, é indubitável que a violência durante o parto traz danos que prejudicam a integridade física e mental, rompendo com os direitos assegurados constitucionalmente.     Além disso, é preciso destacar que o Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se evidencia quando o obstetra após retirar o bebê, dá um ponto a mais para apertar a abertura da vagina sem a mulher ao menos saber. O procedimento acompanha a crença de que a vagina se alargaria após o parto, o que deixaria o sexo insatisfatório para o homem. Isso se dá porque, na cultura brasileira, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem.    Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas. Desse modo, cabe ao Governo, por meio do Poder Legislativo, criar e adequar leis às necessidades básicas da mulher no momento do parto e criar um projeto que aumente a punição dos agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Ademais, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino durante o parto. Quem sabe, assim, o fim da violência obstetríca deixe de ser uma utopia para o Brasil.