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Enviada em: 06/08/2018

A violência obstetrícia é algo presente no Brasil. Em média uma em cada quatro mulheres já foram vítimas dessa violência no país. Um contexto de desrespeito que se sustenta graças, principalmente, pela falta de criminali-zação desse ato e também pela continuidade do machismo na sociedade.     Convém ressaltar, a princípio, que uma das causas a qual fomenta esse abuso à mulher é que diferente de outros países a violência obstetrícia no Brasil ainda não é tipificada como crime, assim dá margem para que as atrocidades cometidas as gestantes continuam. Ademais, esse tipo de vi-olência não é considerado um delito devido a própria visão da sociedade em relação ao profissional da saúde, essencialmente, ao médico, pois é visto com um ser "soberano' em que suas ações são isentas de questi-onamentos. Á vista disso, um quadro que se remete ao mito da "Caverna de Platão", em que a população se comporta como os prisioneiros da caverna, dado que se conformam com o campo de visão tão limitado.      Em segunda lugar, essa realidade tem por detrás uma conjectura social pautada no machismo. Haja vista que, uma violência pautada no silencia-mento do querer da mulher e a perda do domínio do seu próprio corpo, re-flete em uma população que ainda se refugia em pensamentos como o do filósofo Aristóteles .Uma vez que, esse considerava que o "ser humano é por natureza um homem político", pois o detém o poder da fala, contudo, esse poder direcionava apenas o sexo masculino, assim, a mulher era vista como sub-humana. Consonante a isso, a violência obstetrícia é mais um e-xemplo de uma visão univoca que classifica a mulher como um ser inferior.     Diante dos fatos supracitados, é necessário que o Poder Legislativo cri-minalize a violência obstetrícia para punir os agressores dessa ação e tam-bém para coibir os futuros atos. Ademais, uma atitude que irá interferir na desmistificação da visão da soberania do ato médico. Além disso, que a mídia divulgue por meio de comerciais e propagandas como o machismo prejudica a integridade e a dignidade da mulher, demonstrando, assim, que este deforma atos que deveriam ser sublimes em pesadelos.