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Enviada em: 13/08/2018

É praticamente consensual na sociedade que a maternidade é tarefa árdua, mas pouco se fala das dificuldades e violências as quais as  mulheres são submetidas no momento do nascimento da criança. O parto, que deveria ser um procedimento profissional, é marcado por abusos, humilhações e práticas arcaicas. Relatos de erros médicos trazem a tona o debate do que hoje é conhecido como "violência obstétrica".     Após uma série de denúncias e engajamento social, o fato finalmente veio à tona, e não se pode negar que as estatísticas são assustadoras. As mulheres sofrem psicologicamente e fisicamente, gerando traumas que pode se refletir no próprio ambiente familiar. É extremamente necessário criações de secretarias públicas para denúncias formais e para que a mulher receba assistência de profissionais especialmente preparados para um pós parto traumático.    Já existe um projeto de lei que que visa punição mais severas a equipes médicas denunciadas. Levar a questão ao legislativo demonstra que casos serão analisados e tratados com a gravidade que a situação exige. Logo, a tendência é que as práticas diminuam com o rigor da lei. Resta garantir que essa nova norma no ordenamento jurídico seja cumprida, com fiscalizações e observações em hospitais e maternidades.    O silêncio não beneficia ninguém que vivenciou essas experiências. Falar é extremamente terapêutico. Portanto, a criação de um ambiente acolhedor onde diversas vítimas podem compartilhar suas histórias e ouvir outras é bastante eficaz: fazer novas amigas, desabafar e ter o apoio necessário.    É fato que a grande maioria das mulheres brasileiras são vítimas em diversas esferas, sofrendo todo tipo de violência, todos os dias. O mínimo que deve ser feito é garantir que a gestação não se torne um abuso para essa classe, que é vítima desde os primórdios da história. O nascimento de um filho deve ocorrer da maneira que a gestante mais se sentir confortável, especialmente por ser um momento que marcará sua vida para sempre.