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Enviada em: 15/08/2018

Partos produzidos            É inegável que as gestantes brasileiras sofrem com uma cultura baseada em cesárias que foi criada em um país que desvaloriza o processo natural e atua principalmente por via de intervenções cirúrgicas no nascimento de recém nascidos.Desse modo,faz-se necessária uma reavaliação sobre o atual debate da violência obstétrica no Brasil diante do uso de medicamentos para induzir o nascimento e os abusos físicos e emocionais utilizados por profissionais para coagir as mulheres grávidas.      O nascimento é historicamente um processo natural da humanidade.Durante séculos,as mulheres fizeram seus partos sozinhas ou com ajuda das parteiras.Entretanto, atualmente, o parto passou a ser visto como um ato cirúrgico que é controlado fisiologicamente por médicos.Dessa forma,diariamente,as gestantes brasileiras são violentadas com práticas antiquadas na hora do nascimento,como,exames de toques dolorosos,episiotomia desnecessárias e jejum de água e alimentos por horas.Além disso, muitas são agredidas verbalmente por enfermeiras e médicos dos hospitais privados e públicos do Brasil.         Nesse contexto,segundo dados da Organização Mundial de Saúde(OMS) apenas 15% dos partos deveriam ser feitos por meio de cesárias, devido aos riscos cirúrgicos de infecção e outros agravantes no pós-operatório da mulher.Todavia,no Brasil,cerca de 80%dos nascimentos são por ações cirúrgicas.Dessa forma,de acordo com a revista Época,cerca de 36% das gestantes recebem ocitocina para acelerar o parto,prática que só deveria ser utilizada em exceções para ajudar na dilatação do útero.       Portanto,o Ministério da saúde deve intervir e abrir investigações para punir os agentes de saúde que abusem mentalmente e fisicamente das gestantes,principalmente,aos casos com uso de drogas e práticas forçadas.Além disso, as vítimas devem ser encaminhadas para acompanhamento psicológico pelo Estado.Deve-se também,criar campanhas que conscientizem a população sobre os abusos obstétricos e seus direitos.