Materiais:
Enviada em: 18/08/2018

O Ginecologista e obstetra francês Michel Odent afirma que, para mudar o mundo, devemos mudar a forma de nascer, defendendo a visão humanista e empática do parto. A violência obstetrícia é considerada uma questão de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde, sendo um fato frequente dentro dos hospitais e é consequência da péssima formação ética em decorrência de uma cultura pouco humanizada.    É de conhecimento geral que são previstos na Constituição Nacional todos os direitos da mulher no momento do parto, como direito à alimentação, bom tratamento e banho. No entanto, esses direitos são segregados pelos próprios profissionais da saúde, visto que, a formação de médicos não é humanizada e sim mercantil, criando a relação de sujeito e objeto entre médicos e pacientes, tal relação pode ser justificada pelo pensamento do sociólogo Karl Marx, no qual, o lucro é mais importante que os valores. Em consequência disso, 25% das mulheres brasileiras, afirmam que foram desrespeitadas no momento do parto por profissionais, isso segundo o Ministério da Saúde.     Outrossim, é ressaltado pelo sociólogo Émilie Durkheim que, para uma sociedade funcionar corretamente, tudo depende da solidariedade orgânica, na qual, todos os sujeitos são interdependentes. Nesse contexto, a relação entre médico e gestante, deveria ser exercida corretamente pois a gestante paga pelo sistema de saúde. Entretanto, a solidariedade não é exercida, e a falta de empatia, o péssimo tratamento que ocorre pode ser relacionado com a ideia do sociólogo Zygmunt Bauman, na qual, esse afirma que a individualidade está acima das relações humanas.      Portante, são necessárias mudanças para intervir no problema. Cabe ao Congresso Nacional estabelecer uma lei, na qual, o médico que praticar a violência obstetrícia seja impossibilitado de continuar exercendo a profissão, além de ser obrigado a pagar uma multa ao Estado e à vitima. Além disso, é necessário que professores dos cursos de saúde, criem palestras visando a importância da empatia com o paciente.