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Enviada em: 05/09/2018

Parto e respeito     A maioria dos partos realizados no Brasil são feitos por meio de cesárea, ocorrendo com menos frequência na rede pública, mas mesmo assim ultrapassa mais da metade dos partos realizados. Na rede privada, onde a mulher tem maior poder de decisão, a cesárea ocorre mais vezes chegando a mais de 80%, ultrapassando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que indica média de 15%.      Os ocorridos acontecem na maioria das vezes pela falta de informação da gestante e pelo incentivo dos médicos, que em sua maioria priorizam a cesárea, pelo fato de durar apenas uma hora, facilitando assim sua vida corrida, enquanto um parto normal pode durar até dez horas ou mais. A cesárea é indicada em casos em que o parto traz riscos à mãe ou ao bebe, e é um procedimento perigoso, podendo causar problemas relacionados à infecções e hemorragias. Em relação ao bebe ele pode ser retirado prematuramente, aumentando a possibilidade de desenvolvimento de doenças respiratórias.     Muitas vezes a mulher tem o desejo do parto normal, porém, tem medo da dor e da violência obstetrícia que muitas mulheres sofrem e relatam. Muitos procedimentos poderiam ser evitados, como o pique, corte entre a vagina e o ânus, algo extremamente doloroso e de difícil cicatrização,  receber medicamentos que aceleram o procedimento, e também a proibição da entrada de acompanhante durante o parto, mesmo tendo o direito por lei, caracterizam também o desrespeito à gestante.      Portanto, para a violência obstétrica ter fim as decisões da mulher sobre o parto devem ser embasadas em informações reais, sem influência da equipe médica. Os pais devem exigir transparência nos procedimentos realizados, entender seus direitos, e cobrá-los rigorosamente. E por fim, campanhas devem ser criadas pelo Ministério da Saúde, para  a concientização e alerta aos pais em relação ao parto.