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Enviada em: 01/10/2018

É incontrovertível,no Brasil,um cenário lastimoso de violência contra a mulher.Apesar da agressão física ter maior enfoque em  debates sociais,a violência sexual às parturientes é  ainda um assunto velado nas mídias.Nesse contexto,a ausência de desvelo e profissionalismo da equipe hospitalar no atendimento às grávidas,configura um ato de violência,haja vista que hora são tratadas como máquinas parturientes,hora são expostas a tratamentos médicos desnecessários,  Em primeira análise,é possível ressaltar que a violência obstétrica têm início no calamitoso atendimento hospitalar.De acordo com uma pesquisa da revista Época,uma a cada quatro mulheres relatam terem sido desrespeitadas no ato do parto.Tal descaso ao momento delicado,além de traumatizar a mãe,converge em um ato de objetificação da mulher,visto que o tratamento à essa é especificamente biológico,quando deveria ser humanizado.Logo,o sistema brasileiro de mecanização do parto,remete a mais um desrespeito e subjulgação do sexo,problemática hodierna.  Além disso,o uso de medicamentos e práticas cirúrgicas desnecessárias configura um ato de violência sexual.Apesar da legislação considerar práticas como aplicação de soro e episiotomia-corte do órgão feminino-como restritivos no atendimento,no brasil,a prática é regular.Tal desrespeito ao corpo feminino,além de ser uma violação,é provedor de traumas puerpérios,haja vista que a sexualidade da mulher é violada e essa,muita das vezes ,desiste de dar a luz em épocas posteriores.  É visível,portanto,que apesar de velada a violência obstétrica é real.Contudo,é mister a necessidade da denúncia por parte da população.Para isso,faz-se necessário que Ongs como a Artemis,comprometida com a proteção da mulher,em parceria com as mídias sociais e recursos televisivos,elaborem campanhas publicitárias e aplicativos de denúncia ao atendimento precário.Sendo assim o tecido social feminino terá voz e meios de requerer seus direitos,haja vista que tais atos de desvelo são passíveis de punição.