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Enviada em: 05/10/2018

Não se pode negar os inúmeros aspectos negativos desencadeados por uma forma de violência cada vez mais crescente na sociedade brasileira: a violência obstetríca. Em meio às agressões verbais, recusa de atendimento, e à negligência que as gestantes enfrentam, o descaso em relação à gravidez é um assunto que precisa ser tratado com evidência e cuidado. Com efeito, fica evidente a necessidade de proposição de políticas públicas a fim de que se erradique essa problemática.    A priori, vale ressaltar que a decisão sobre a realização de um parto cirúrgico é um direito de preferência da gestante. Entretanto, essa escolha tem sido feita sem informações adequadas para a tomada de uma decisão consciente. Isso porque os obstetras que as assistem não têm essas informações ou preferem fazer do jeito que acha mais rápido e viável, sem consentimento da gestante. Nesse sentido, o resultado desse contraste é claramente refletido na hostilidade em relação à gravidez.     Somado a isso, o aspecto do não planejamento da gravidez torna-se cada vez mais frequente, principalmente, em adolescentes. Sob essa ótica, acaba tornando a gestação um motivo de angústia para uma grande parte das mulheres que encontram no aborto uma saída. Entretanto, a ilegalidade atribuída ao aborto no país faz com que essa prática seja de alto risco, realizada fora do sistema oficial de saúde, sem a presença de profissionais aumentando o risco de hemorragia pós-parto, infecção e mortalidade.     Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar essa mazela social. Cabe ao Governo em parceria com o Ministério da Saúde, o desafio de promover fiscalizações dessas negligências e garantir punições severas às equipes que reproduzam esse tipo de violência, além de prestar toda ajuda necessária para as vítimas para que essa parcela da sociedade tenha um parto de qualidade. Ademais, a mídia deve denunciar os casos por meio de novelas a fim de alertar a população. Dessa forma, será possível ofertar condições mais justas a essas cidadãs.