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Enviada em: 13/10/2018

Desde os primórdios do período colonial, a violência obstétrica, carnal e psicológica faz parte dos temores cotidianos femininos, seja pela arcaica objetificação corporal da mulher ou pelo frequente genocídio da cidadã gestante, negra e pobre brasileira.  Previamente, é importante ressaltar que submissão e fragilidade são os principais reflexos da visão machista e patriarcal sobre o sexo oposto, resultando na hodierna falácia de objetificação física e identidária feminina. De maneira análoga ao idealismo de Simone Beauvoir, não se nasce mulher, torna-se, os direitos de proteção a gestantes foram garantidos mediante a lutas pela Constituição de 1988, entretanto, até os dias atuais são desrespeitados. De acordo com dados estatísticos da revista Época, 25% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência obstétrica. Assim, torna-se evidente que a gestação tornou-se um dos principais meios de violência contra a mulher.  Ademais, o controle social por meio da gestação é um hábito governamental frequente na história mundial, que persiste na sociedade através da desumanização tocológica. Segundo a terceira lei de Newton, para cada ação haverá uma reação de sentido oposto. Logo, os maus tratos durante o parto e a realização de laqueaduras não-autorizadas em mulheres negras e pobres durante o regime militar brasileiro, constituem os principais percussores para a violência obstétrica periférica atual, sendo evidente a necessidade de avaliação e vigilância aos médicos para reverter o problema.  Portanto,estabelecer relações publico-privadas entre o Ministério de Saúde e ONG'S de proteção a gestantes, a fim de promover o acompanhamento da equipe médica de postos e centros de atendimento, mediante a analise de avaliações dos desempenhos profissionais pelos pacientes, utilizando a renda do Fundo Nacional de Saúde, é imperioso para resolver o ímpasse, mas não o suficiente. É preciso que o governo federal, através de propagangas publicitárias, estimule o respeito aos direitos das gestantes.