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Enviada em: 13/10/2018

A ocitocina é um hormônio, produzido pelo hipotálamo, responsável por aumentar as contrações dos músculos do útero e induzir o parto. Dessa maneira, embora não seja recomendado pela Organização Mundial da Saúde(OMS), inúmeros hospitais utilizam de medicação intravenosa para aplicar esse hormônio, causando mais dores agudas e desnecessárias, a fim de acelerar o nascimento. À vista disso, várias outras praticas como essa, além de agressões físicas e verbais estão transformando um momento de alegria,pelo nascimento, em uma violência para a progenitora.Logo, faz-se necessário trazer para debate a violência obstetrícia, com o intuito de desconstruir "tabus" e humanizar o processo.     A relação sexual sempre foi algo,de certa forma, censurado pela sociedade e, assim, carrega uma carga moral e religiosa que leva a ser mantido em segredo, sem muito debate pelo assunto. Desse modo, tudo que diz respeito  a isso fica à margem, consequentemente, com o  parto natural não seria diferente, visto que trata-se de um nascimento por um órgão sexual. Em vista disso, a maioria das mulheres não compreendem os procedimentos do nascimento, só sabem que é algo doloroso e insuportável que serão obrigadas a passar caso queiram ter um filho concebido por elas de maneira não cirúrgica. Dessa forma, atrelada ao pensamento hierárquico o qual afirma que o médico sempre sabe o que é melhor para seu paciente, uma a cada quatro mulheres sofrem violência obstétrica- dados da Fundação Perseu Abramo-, bem como a maioria nem tem noção de que foram vítimas.Portanto, sofrem em silêncio sem  ter informação o suficiente para contestar a hierarquia.    Além disso,conforme dados do Nascer no Brasil, mais de 20% das brasileiras que deram a luz afirmam terem sido desrespeitadas na gestação ou no parto o que mostra a faceta mais prejudicial da violência obstetrícia, uma vez que afeta diretamente o psicológico da grávida, que já esta passando por inúmeras oscilações hormonais as quais alteram seu emocional, e até a sua integridade física.Ademais, a necessidade de debate sobre a violência na hora do parto torna-se mais clara ao analisar procedimentos que não são recomendados pela OMS e até hoje são utilizados,como, por exemplo, não só a posição, a qual deveria ser na vertical,e na maioria dos hospitais é na horizontal, mas como o corte do perínio que deveria ser usado quando houver necessidade, porém virou algo corriqueiro.     Em síntese,a violência obstetrícia precisa ser pauta de debate no brasil.Logo,o Ministério da Saúde associado as mídias devem viabilizar propagandas nas televisões, com o intuito de informar sobre essa forma de agressão e fazer com que casos sejam denunciados.Desse modo, recursos verbais e não verbais precisam ser utilizados,na propaganda, para recriar um momento fictício do parto, no sentido de tanto representar cenários dessa violência, quando apresentar os procedimentos não recomendados.