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Enviada em: 15/10/2018

A atividade médica surgiu há milhares de anos no Egito Antigo. Era muito comum ver um médico que cuidava de todas as enfermidades - o chamado clínico geral. De lá pra cá, os profissionais sentiram a necessidade de especializar-se em apenas algumas áreas do conhecimento para tratar melhor seus pacientes. Dessa forma surgiram especialidades como, por exemplo: a obstetrícia. Tal assunto gera polêmica ao ser abordado, uma vez que um grande número de gestantes sofrem a chamada violência obstetra, podendo ser física e/ou psicológica. Porém, com o direito de recorrer à justiça caso necessário.        Análogo à isso, é possível de se observar que 25% das gestantes passam por agressões e ofensas. O médico e filósofo grego Hipócrates já dizia que "remédio é alimento". Essa frase passa a ser antagônica ao saber que 72% das mulheres grávidas não foram medicadas durante o parto, dados do site epoca.globo.com. Há de considerar também que, muitas vezes, elas sofrem xingamentos, recusa de atendimento e , até mesmo, procedimentos não necessários.         Nesse viés, também se relaciona os direitos que a mulher possui antes, durante e pós-parto, como: acompanhamento pré-natal, informações quanto aos riscos e atendimento acolhedor para ela sentir-se à vontade. Embora esses exemplos todos estejam presentes na Legislação Brasileira, poucas equipes médicas estão dispostas o suficiente para dar todo o apoio que a futura mãe necessita. Cabe aos médicos e enfermeiros dedicar-se à espera da mulher ter contrações, uma vez que o parto normal é considerado mais seguro que a cesárea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de parto programado seja de, no máximo, 15% em todo o país. Porém isso não é uma realidade brasileira, dado que a taxa do Brasil ultrapassa os 50%.         Levando tal assunto em consideração, entretanto, é necessário que haja medidas para pôr fim nesse impasse. Cabe ao Conselho Federal de Medicina (CFM) impor disciplinas, por meio de Resoluções, no período gestacional das mulheres. Garantindo à elas todos os seus direitos e que insistam por eles. Por exemplo, uma maior autonomia ao escolher entre parto normal ou cesariana, quando não há risco para a mãe nem para o bebê. Há também de exigir uma maior competência da equipe médica para assegurar o bem estar da paciente. Essas medidas são cruciais para a melhoria do atendimento e de uma vida melhor a gestante e ao seu filho. Aliás, o filósofo grego Epicuro já dizia que a medicina em nada se beneficia caso não liberte o corpo dos males.