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Enviada em: 15/10/2018

Desde o iluminismo, entende- se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro.No entanto, quando se observa a questão da violência obstetrícia no Brasil, hodiernamente verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática.A problemática persiste tanto pela falta de humanização dos profissionais da saúde como pela negligência do estado.  É indubitável que a falta de empatia por parte de médicos e enfermeiros esteja entre as causas do problema.Segundo Zygmunt Bauman,sociólogo polonês,o individualismo é uma das principais caracteristicas -e o maior conflito- da pós modernidade. No Brasil,o desrespeito por parte da classe médica para com parturientes confirma esse pensamento.Haja vista,que,quase 30 % das brasileiras afirmam que sofreram agressões verbais durante o parto.  Outrossim,destaca-se a questão constitucional e sua aplicação como impulsionadores do problema.Embora no Brasil já existam leis que asseguram a proteção da gestante,estas não são cumpridas na prática. Uma pesquisa da revista Época mostra que mais de 70% das parturientes não tiveram direito a acompanhante e a alimentação durante o trabalho de parto,direitos por exemplo,que já são previstos por lei.Diante desses dados é possível perceber que muitas vezes o sonho de ser mãe se transforma em um grande pesadelo.  Fica claro,portanto,que medidas são necessárias para atenuar esse impasse.O estado por meio do legislativo deve buscar aperfeiçoar as leis que assegurem o bem estar das parturientes,além disso deve investir em fiscalização nos hospitais públicos e privados afim de garantir que essas leis sejam cumpridas.O MEC,ministério da educação,por sua vez,pode instituir nas faculdades de medicina aulas interdisciplinares,ministradas por psicólogos sobre a importância do afeto e da empatia buscando uma humanização dos profissionais.Dessa forma,pode se á romper o princípio da "modernidade liquida'' de Bauman.