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Enviada em: 17/10/2018

Durante a Grécia antiga, a ateniense, Agnodice, ajudava muitas mulheres em seus partos, haja vista, que elas sofriam com condições precárias e violência, antes e durante a parição. Trazendo essa perspectiva para a sociedade brasileira hodierna, nota-se que muitas brasileiras são afetadas com a mesma problemática.        Em primeiro momento, é importante ressaltar que a violência obstetrícia tem raízes no machismo. Pois, as mulheres brasileiras tem pouquíssima voz em relação aos seus corpos e perante a lei, uma vez que, a legislação brasileira é composta majoritariamente por homens. Logo, questões sociais femininas, como a legalização do aborto, assédio e violência durante a gestação, são negligenciadas, muitas vezes banalizadas ou raramente discutidas. Sendo assim, fatos que colaboram para o aumento de estáticas que mostram mulheres sofrendo, perdendo seus filhos e morrendo, devido a violência e falta de ações do Estado.      Outrossim, segundo uma reportagem da revista "Época", vinte e cinco por cento das brasileiras relatam terem sofrido algum tipo de desrespeito na gestação ou no parto. Isso evidencia, portanto, que o momento que deveria ser tranquilo e com a assistência necessária, torna-se muito doloroso e até violento. Como o uso da Episiotomia, por exemplo, um procedimento invasivo e desnecessário, de acordo com a OMS. Porém,  essa prática ainda é muito utilizada no Brasil, especialmente no SUS.      Deste modo, percebe-se que medidas são necessárias. Em primeiro lugar, é importante que os legisladores e o governo federal, incentivem e coloquem mais mulheres nesses cargos, para que pautas femininas sejam abordadas e recebam a atenção devida. Ademais, é relevante também, a ação conjunta do ministério da saúde e agentes do executivo, investindo em políticas públicas que garantam a eficácia do SUS, tornando-o mais humanizado, em especial, nos partos. Para que assim, construa-se uma sociedade brasileira com Agnodices, que se preocupam e combatem a violência obstetrícia.