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Enviada em: 20/10/2018

Busca por humanidade ao próximo         É inegável que as gestantes brasileiras sofrem com uma cultura baseada em cesárias que foi criada em um país que desvaloriza o processo natural e atua principalmente por via de intervenções cirúrgicas no nascimento de recém nascidos.Desse modo,faz-se necessária uma reavaliação sobre o atual debate da violência obstétrica no Brasil,diante do uso de medicamentos para induzir o nascimento e os abusos físicos e emocionais utilizados por profissionais para coagir as mulheres grávidas.        É primordial ressaltar que,o nascimento é historicamente um processo natural da humanidade,Durante séculos,as mulheres fizeram seus partos sozinhas ou com ajuda de parteiras.Entretanto,atualmente,o parto passou a ser visto como um ato cirúrgico que é controlado fisiologicamente por médicos.Dessa forma,diariamente,as gestantes brasileiras são violentadas com práticas antiquadas na hora do nascimento,como,exames de toque dolorosos,episiotomia desnecessárias e jejum de água e alimentos por horas.Além disso,muitas são agredidas verbalmente por enfermeiras e médicos dos hospitais privados e públicos do Brasil.         Nesse contexto,segundo dados da Organização Mundial de Saúde(OMS),apenas 15% dos dos partos deveriam ser realizados por meio de cesárias,devido aos riscos cirúrgicos de infecção e outros agravantes no pós-operatório da mulher.Todavia,no Brasil cerca de 80% das gestantes recebem ocitocina para acelerar o parto,prática que só deveria ser utilizada em exceções para ajudar na dilatação do útero.Além disso,de acordo com dados do Ministério da Saúde,em cada 10 partos realizados em maternidades particulares no Brasil,8.5 são realizados com cesáreas.          Torna-se evidente,portanto, que é necessária uma reavaliação da violência obstétrica em debate no Brasil.Desse modo,cabe ao Ministério da Saúde criar campanhas informativas para serem divulgadas nos canais de televisão,rádio e internet,para informar as gestantes brasileiras e seus familiares sobre seus direitos na hora do parto e os tipos de violência que devem ser denunciados no país.Com objetivo de diminuir o número de práticas abusivas contra as gestantes brasileiras e seus bebês.Além disso,o Ministério da Saúde deve proporcionar projetos online para denúncias e debates sobre o tema e precisa oferecer apoio médico e psicológico para as vítimas .A fim de evitar que esses tipos de práticas violentas ocorram nos hospitais públicos e privados do país.Ademais,os médicos e enfermeiras que utilizam da violência e do desconhecimento das vítimas sobre seus direitos devem ser punidos de acordo com a legislação brasileira.Com a finalidade de inibir a presença desse tipo de funcionário no sistema de saúde,visto que a medicina precisa ser prática com humanidade ao próximo.