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Enviada em: 29/10/2018

O ato de dar a luz, em teoria, era para ser, a despeito da dor, um momento feliz e único para a mãe. Porém, na prática do dia-a-dia no Sistema Único de Saúde (SUS) observa-se que isso não tem acontecido. Pois segundo a revista época 1 em cada 4 mulheres sofrem de violência obstétrica no Brasil e, entende-se que isso acontece, por consequência da falta de infraestrutura em grande parte dos hospitais, além da mecanização do nascimento. Diante disso, medidas devem ser tomadas para humanizar o procedimento no país.   Primeiramente, à falta de infraestrutura afeta à maioria das unidades de saúde nacionais, uma vez que, segundo auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União - 60% dos hospitais sempre estão superlotados -. Obviamente, esse problema atinge também os setores de obstetrícia, nos quais, uma quantidade insuficiente de profissionais tem que fazer um grande contingente de partos, o que leva a uma automação do trabalho. Como consequência, nota-se o grande índice de de cesárias realizadas, as quais ultrapassam os 40% no SUS. Além do que, para que um profissional exerça sua função com qualidade é preciso que haja um ambiente de trabalho saudável.   Ademais, esse processo de mecanização do nascimento, é o grande causador da violência obstétrica, haja vista, que a "automatização" do parto pode levar a falta de ética e sensibilidade dos atendentes. Todavia independente de qualquer situação, desrespeitar a parturiente é um comportamento intolerável, o qual deve ser investigado, apurado e punido, pois é a saúde, mental e física,  da mãe que está em questão. No entanto mudanças devem ser feitas no processo de nascimento dos brasileiros, pois segundo o obstetra francês Michel Odent - para mudar o mundo é preciso, antes mudar a forma de nascer.    Fica evidente portanto, a necessidade de reformas no SUS, de modo a garantir mais dignidade às mães. Contudo, cabe aos Ministérios de Saúde e do Planejamento, trabalharem para melhoria da infraestrutura hospitalar nacional, com investimento na construção de novas unidades de saúde e, na contratação de profissionais, para assim garantir melhor estrutura de atendimento, tanto aos profissionais quanto às pacientes. Além de o Ministério da Saúde, por meio da efetiva implantação da Rede Cegonha, combater os maus tratos no momento do parto, com o oferecimento de qualificação em parto humanizado aos profissionais e, é dever do Ministério da Justiça fiscalizar e punir criminalmente casos de violência. Para que dessa forma as mães tenham uma experiência mais humana e feliz.