Materiais:
Enviada em: 27/10/2018

É indubitável que a coletividade possui função imprescindível na construção da moral. Segundo Durkheim, na teoria do ''Fato Social'', a sociedade é uma instituição exterior, generalista e coercitiva que atua para conservar a existência de seus preceitos tradicionais. Nesse contexto, o Brasil evidencia uma mancha histórica opressora que inferioriza a mulher e que, em consonância com um Estado desqualificado, corroboram para a supressão dos direitos femininos, transformando a violência obstetrícia em um percalço social inercial e destrutivo.       Em primeira instância, apesar da ocorrência do desenvolvimento das técnicas ambulatoriais em diversas cirurgias no século XX, as formas estabelecidas para que as gestantes possam conceber um feto ainda são arcaicas. Durante a cesárea, o corpo feminino é submetido aos cuidados de enfermeiros que auxiliam a saída do bebê pelo corte na região do ventre, empurrando a barriga da grávida para facilitar o processo. Entretanto, por ser uma manobra arriscada, em diversos casos, a força exercida no movimento é forte o suficiente para provocar a quebra da costela. Consoante a esse procedimento, o parto normal é conhecido por ter um corte na região da vagina para aumentar o canal de saída do útero. Todavia, posteriormente, esse método pode trazer complicações para a saúde da mulher. Nesse contexto, torna-se perceptível o desconhecimento acerca dos fatores biológicos femininos que colaboram para a sua submissão e para a repressão de seus anseios.       Como sequela, não obstante o Artigo 5º da Constituição garantir a inviolabilidade do direito à vida, à propriedade, à segurança, à liberdade e à igualdade de todos, sem distinção de qualquer natureza, a legislação ainda se mostra ineficiente, uma vez que os direitos da mulher são ignorados. Tristemente, a apatia e egoísmo instituídos na sociedade machista e misógina são tópicos que atemorizam o livre-arbítrio feminino nesse processo de concepção tão delicado e arriscado, explicitando a urgência em tornar a máxima maquiveliana "nada é tão difícil ou perigoso do que tomar frente na introdução de uma mudança."       Diante dos fatos supracitados, cabe ao Estado investir em pesquisas que possam modificar as formas de parto que são exercidas atualmente. O governo deve financiar estudos que irão providenciar, em caráter de urgência, novas formas de cirurgia dentro dos hospitais, que serão colocadas em prática assim que finalizadas. A partir do momento de introdução das novas técnicas, o governo deverá averiguar se todos os hospitais da rede pública e privada estão utilizando-as e, caso não haja o cumprimento dessa norma, poderá aplicar uma multa alta para o corpo médico. Posto isto, seria possível reverter o quadro alarmante exposto e transformar a vida de muitas mulheres brasileiras.