Materiais:
Enviada em: 01/11/2018

O nascimento de um filho é, para muitas mães, um dos momentos mais importantes e emocionantes de suas vidas. Contudo, o processo para o surgimento dessa criança pode acarretar sofrimento, vergonha e angústia para a progenitora. Essas consequências encontram-se em debate no Brasil, pois é percebida na prática de alguns profissionais da saúde, a violência obstetrícia, que ocorre ou âmbito psicológico ou, ainda, no físico. Ela acontece devido à cesárias desnecessárias e o uso de ilegalidades, como a “manobra Kristeller”, que podem gerar danos à gestante e ao bebê.               Precipuamente, vale destacar que o número de partos pelo método da cesariana muito elevado no Brasil. Isso foi constatado pela Organização Mundial da Saúde, que verificou que 57% dos partos são realizados nessa modalidade, enquanto o recomendado pela instituição é de 15%. Esse número é preocupante, pois além de ser dispendioso do ponto de visto econômico, por ser um procedimento delicado e que exige cirurgiões especializados, pode acarretar em hemorragias, problemas de fertilidade ou até a morte da mãe ou bebê.             Além disso, a manobra de Kristeller é um ato que ainda é praticado por médicos ao tratar de uma paciente. Essa técnica, que já é proibida em diversos países, consiste em pressionar a parte superior do útero para acelerar a saída do bebê, o que pode levar a lesões graves, como deslocamento da placenta, fratura da costela e traumas encefálicos. Assim, verifica-se que alguns profissionais da saúde realizam um desserviço à sua profissão, que deve prezar ao máximo pela saúde do paciente, segundo o juramento de Hipócrates.                  Em suma, para que a saúde e a dignidade da gestante sejam respeitadas, o Ministério da Saúde, em conjunto com a mídia, deve desencorajar as mães a optarem pelo procedimento de cesariana no parto, por meio de propagandas na televisão e internet, com o intuito de prevenir eventuais problemas físicos ou até a morte e, ainda, garantir que esse momento tão importante seja seguro. Ademais, o Ministério da Educação, poderia, por meio de palestras em escolas e faculdades, afirmar que a gestantes devem, antes do parto, conversar com o médico sobre os procedimentos que serão realizados e repudiar violências como a manobra de Kristeller, para que ela seja evitada e extinta. Assim, a vergonha, o sofrimento e a angústia da violação, darão lugar à alegria dos pais.