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Enviada em: 20/11/2018

No decorrer da história do Brasil, o parto era um processo realizado por parteiras.A partir do séc.XX, acelerou-se o processo de hospitalização destes, colaborando para que as parteiras diminuíssem sua atuação.Contudo, apesar de os hospitais fornecerem melhores condições de saúde para a mãe e seu bebê, hodiernamente as mulheres têm sofrido vários tipos de violência durante o parto, indo contra o artigo 31 do código de ética da medicina, o qual garante que o parto deve ser o mais natural e humanizado possível.   Segundo a Organização Mundial de Saúde, 57% dos partos são realizados em processos de cesariana, sendo que o recomendado seria de apenas 15%. A liberdade das mães em optarem pelo parto normal está se tornando vulnerável, devido à impessoalização na relação médico paciente, visto que grande parte desses profissionais de saúde visam apenas ao lucro. Dessarte, optam por vontade própria pela cesariana, pois demanda menos tempo que o parto normal, sendo assim uma violência a escolha do médico sobreposta a da mãe.    Devido à demora de um parto normal, muitos médicos priorizam manobras como a de Kristeller, por meio da qual é feito uma grande força sobre o abdômen da mulher para empurrar a criança, ou a aplicação de altas doses de ocitocina para tornar mais rápido o processo de parto. Contudo essas práticas não são recomendadas pela OMS, pois trazem riscos a saúde da mãe e do bebê, além de serem consideradas como violência obstétrica.    Destarte, medidas devem ser tomadas para que ocorra uma diminuição nos casos de violência obstetrícia. Cabe ao Ministério da Saúde junto à Secretaria de Saúde de cada Estado criarem campanhas orientando as mulheres que passam por esses atos a denunciarem ao Ministério Público Federal, para que assim intensifiquem as fiscalizações nos hospitais, com finalidade de ocorrer uma punição ao hospital e à equipe médica que cometer violência. Outrossim, deve-se facilitar os meios de denúncia, de maneira que a mulher possa optar pelo anonimato ou não.