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Enviada em: 06/03/2019

Não tem como negar, que no Brasil, muitas mulheres sofrem violência física ou verbal durante o parto. De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma a cada quatro mulheres já sofreram violência obstétrica, sendo que essa realidade ocorre, pois há falta de politicas públicas e também pela incompetência médica nas em hospitais no país. Em primeiro lugar, está na lei federal 11.108/2005, que mulheres durante o parto e após, devem ter um acompanhamento médico, tanto do profissional que realizou o procedimento, como também das enfermeiras, porém não é oque ocorre, pois de acordo com um documentário "Nascer no Brasil" da distribuidora "Fiocruz", as mãe relatam que sentiam muitas dores, chamavam pelos profissionais e ninguém a as atendiam. Além disso, muitos hospitais não possuem infraestrutura para realização de um parto, em que uma pesquisa da Universidade Estadual de Londrina, revela, que, o Hospital das clínicas de Pernambuco contém superlotação na maternidade. Ademais, durante o processo obstétrico, o paciente sofre com diversas violações de seus direitos, através de xingamentos e também de não poder ter liberdade de escolha na hora do parto. Como ocorreu com Eva Maria Cordeiro, em que de acordo com o jornal "O Globo", ela falou que o médico responsável, a desrespeitava, dizendo "cala a boca, quem manda aqui sou" e até realizou o parto mais rápido do que deveria. Isso ocorre, pois os médicos estão cada vez mais desprezando seus pacientes, já que muitos tentam realizar partos de maneira acelerada para descansar e não precisar ficar trabalhando muito. Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. O ministério da Saúde deve criar novas locais de cirurgia obstétrica para evitar superlotação, além disso deve-se contratar mais profissionais para que ocorra acompanhamento médico em cada paciente, como mais enfermeiras para auxiliarem durante o processo e psicólogos para ajudar antes e depois do procedimento para que a mãe possa se sentir bem e não ter depressão pós-parto. Não só, a Câmera dos deputados juntamente com a Associação dos Direitos Humanos, devem criar um departamento específico para avaliações de atendimento médico, em que a paciente poderá reclamar e denunciar caso sofra alguma violência obstétrica para que o responsável possa ser punido de acordo com as leis, levando multa ou cumprindo pena, pois assim como o médico Michel Odent disse, "Para mudar o mundo é preciso, antes, mudar a forma de nascer".