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Enviada em: 15/03/2019

Define-se por violência obstétrica toda ação ou omissão direcionada à mulher durante o pré-natal, parto ou puerpério, que cause sofrimento, dor ou dano desnecessário à mulher e seu bebê. À partir disso podemos pon-tuar algumas situações de abuso recorrentes na atualidade, como a indu- ção desnecessária dos partos e a realização de episiotomia rotineira e não consensual nas parturientes.       É interessante compreender que a episiotomia é um procedimento que oferece riscos ao pós parto, casos de prolapso perineal, enfraquecimento na musculatura, dores ao ter relações sexuais e maiores riscos de hemorragia foram apontados em pesquisa realizada por Oyalese e Ananth, em 2010. Por esses, dentre muitos motivos, podemos perceber a importância do consentimento da mulher e o por que da OMS considerar inadequada a realização do procedimento de forma rotineira.       A OMS pontua ainda que a indução ao parto sem razões médicas, realizadas, muitas vezes, por motivo da mecanização e interesse em preencher a agenda dos médicos com o maior número de nascimentos possível, acarreta riscos para a saúde do bebê e da mulher, aumentando a probabilidade de intervenções cirúrgicas e um tempo de recuperação mais extenso.        Em virtude dos fatos mencionados podemos compreender que a violên-cia obstétrica  pode trazer complicações além de psicológicas, também físicas, por esse motivo é imprescindível que ocorram mudanças. Para alcançá-las deve-se um maior rigor no cumprimento das leis que garantem a integridade da mulher e de seu filho, uma formação mais humanizada dos médicos, reforçando isso desde seu tempo de graduação e ainda depois, em seu período  inserido na profissão, por meio de cadeiras, palestras e programas que estimulem a sensibilidade necessária e que os pacientes sejam melhor informados, principalmente durante o pré-natal ,sobre todos os seus direitos e como recorrer à eles em caso de ameaça aos mesmos.