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Enviada em: 22/03/2019

§  A violência obstetrícia, infelizmente, ainda é um tema pouco abordado no cotidiano brasileiro. Devido ao tabu social que envolve o sexo e a sexualidade, naturalmente há grande desinformação e pouco debate no que se diz respeito ao período de gestação e, especialmente, ao parto. §  Em consequência do desconhecimento dos direitos de uma parturiente, a maioria delas são submetidas a procedimentos desumanos e antiquados, há tempos condenados pela Organização Mundial da  Saúde, como a indução da dilatação pela ocitocina artificial, episiotomia, e ainda o veto da presença de um acompanhante durante todo o processo (a qual é garantida por lei desde maio de 2005). O sistema torna nossas mulheres Iracemas (como a virgem dos lábios de mel da obra de José de Alencar), obrigadas a passar por um momento doloroso e importante totalmente sozinhas. §  Ademais, devemos levar em conta que os médicos também são vítimas do sistema decadente. A desinformação é uma via de mão dupla: por um lado, o direito não é cobrado, por outro, o dever não é cumprido corretamente. Dessa forma, 1 a cada 4 mulheres sofre de violência obstetrícia e pensam ter sido salvas pelos procedimentos radicais que englobam o crime, de modo que sequer já ouviram o termo anteriormente. § Urge, então, a necessidade de por o tema em pauta: discutir a sexualidade em sala de aula para alunos acima de 10 anos, através de oficinas realizadas por escolas de rede pública e privada, de modo a gerar consciência e promover o conhecimento legal. Distribuir panfletos sobre os direitos das gestantes e parturientes em clínicas obstétricas, pré-natais e maternidades, é uma forma de difundir as informações legais e preparar as gestantes para o momento de dar à luz de modo que se sintam amparadas.