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Enviada em: 21/03/2019

É de costume, na cultura indígena, o parto das mulheres ocorrer em posição vertical para ajudar na saída do bebê. No entanto, um acontecimento tão natural tem se tornado um grande ato de violência contra gestantes na contemporaneidade. Ademais, a falta de um tratamento humanizado e de qualidade, além de punição para esses casos, contribuem para a perpetuação desse acontecimento.   Nesse sentido, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua obra Cegueira Moral, fala sobre a falta de sensibilidade do homem em meio as dores do seus semelhantes. Consonante a isso, os casos de violência obstétrica mostram a falta de empatia e a má qualificação de muitos profissionais, que realizam procedimentos desnecessários como a  episiotomia (corte na região o períneo), que viola o corpo da mulher, ou até mesmo a cesariana, que no Brasil é realizada um número  65% maior do que o considerado normal pela OMS ( Organização Mundial da Saúde). Evidenciando assim, um caso de saúde pública que necessita de atenção.   Outrossim, o direito a integridade física e mental é assegurado pela constituição, esse que é violado muitas vezes em uma ocasião que deveria ser tão especial pra uma mãe. No entanto, a ausência de uma lei específica que proteja a gestante em situação de parto, deixa impune o praticante, colaborando com a continuidade da prática violenta.    Mediante ao elencado, faz-se necessária medidas para resolver esse impasse. Primeiramente, o Ministério da Educação deve incluir na grade curricular dos cursos de medicina e enfermagem práticas do parto humanizado, mediadas por especialistas, para assim termos profissionais mais competentes e conscientes quanto a esse momento. Além disso, cabe ao Poder Legislativo a criação de uma lei que resguarde as parturientes, punindo situações e procedimentos que violentem fisicamente ou psicologicamente elas, as punições podem ser multas, impedimento do exercício da profissão, ou até prisão dependendo da gravidade da situação. Assim teremos uma sociedade mais justa e coesa.