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Enviada em: 12/04/2019

Na série "Grey's Anatomy" (Anatomia de Grey), Shonda Rhimes expõe as experiências vividas, constantemente, pelos profissionais da saúde, em seus ambientes de trabalho. Entre elas, destaca-se a negligência médica, um dos maiores impulsionadores para o aumento da violência obstetrícia no Brasil, em conjunto com a falta de informações, por parte da gestante. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.       A princípio, salienta-se a asseguração da integridade física e moral de todos os cidadãos, prevista no artigo 5, da Constituição Federal de 1988. Porém, a realidade nos hospitais do país, assemelha-se à apresentada por Shonda: cerca de 18.759 casos, de agressões obstétricas, foram registrados pela pesquisa da rede Cegonha, no SUS. Dentre eles, 95% dos partos normais foram em posição deitada, o que dificulta o processo e causa enormes dores para a gestante, além de consolidar a colaboração médica na persistência dessa problemática.       Ademais, nota-se essa questão refletida na desinformação das vítimas. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, informação é poder e, nessa situação, ela faz toda a diferença, visto que muitas mulheres não compreendem que sofreram essa violência, de acordo com os estudos realizados pela UFG. Com isso, não são realizadas denúncias, o crime segue impune e persistente.       Diante do exposto, infere-se que medidas são necessárias para combater esse problema. Cabe a sociedade promover o empoderamento feminino, por meio de palestras nas escolas, panfletagem nas ruas e disseminação desse conteúdo pela mídia, a fim de que reconheçam o abuso obstétrico e denunciem. A partir daí, o Poder Judiciário deverá punir o criminoso, o que fará com que essas infelizes ocorrências permaneçam somente no mundo fictício.