Materiais:
Enviada em: 15/04/2019

Ética Médica     Gravidez, um sonho, um pesadelo. Ao longo da construção da sociedade brasileira, formou-se no imaginário coletivo feminino o desejo de ser mãe. Contudo, para muitas mulheres no parto, o desrespeito e a desconstrução humana faz com que esse dia se torne o pior de suas vidas. Com efeito, esse cenário de violência obstetrícia é um desafio da modernidade, visto que tais violências geram sequelas fisicas e psicológicas a essas mães.         Em primeira instância, segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada quatro mulheres sofrem algum tipo de violência obstétrica no Brasil. Tais agressões ocorrem das mais diversas maneiras. Partos são feitos sem a anestesia funcionar mesmo com o aviso da gestante, frases são ditas a elas como "na hora de fazer foi bom" e seus direitos de terem um acompanhante são frequentemente negados. Além disso, há também o chamado "ponto do marido", onde médicos sem ética e sem o consentimento das pacientes dão pontos extras desnecessários, causando assim, muita dor durante suas posteriores relações sexuais.    Ademais, devido ao tamanho desrespeito em partos tão desumanos, muitas mulheres por conta do "ponto do marido" não conseguem mais se relacionar intimamente com seus parceiros. Muitas delas desenvolvem depressão pós-parto e outras doenças psicológicas devido às agressões sofridas. Sendo assim, não raro ouve-se falar sobre os partos humanizados que consistem em trabalhos de parto onde as mulheres têm seus direitos respeitados com direito a acompanhante, posições facilitadas para a saída do bebê e equipes capacitadas com profissionais de saúde física e mental.    Portanto, a fim de garantir que os direitos das gestantes sejam respeitados, cabe ao Ministério da Saúde, mediante o redirecionamento de verbas, promover cursos de capacitação aos profissionais de saúde onde eles aprendam a auxiliar as grávidas de forma mais humanizada. Dessa maneira, construir-se-á na sociedade brasileira um panorama mais saudável paras as futuras gestantes.