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Enviada em: 21/04/2019

No filme "Juno", é retratado o cotidiano pessoalmente dificultoso que uma jovem mulher enfrenta ao optar ser mãe. No Brasil, além das adversidades individuais, a sociedade também exerce um forte pressão negativa na vida de mulheres gestantes, manifestada por atos agressivos a estas, decorrentes de uma saúde pública com péssima infraestrutura e uma visão pejorativa desse grupo social.   Primeiramente, o Brasil apresenta um cenário heterogêneo quanto a distribuição e acesso de novos recursos de infraestrutura. Tal disparidade também influi negativamente no desenvolvimento promissor de outros setores sociais, como o de saúde. Sendo assim, indivíduos que necessitam de um atendimento mais especializado carecem de condições adequadas para a prestação de uma assistência médica de qualidade. Tendo as gestantes inseridas nesse contingente específico, o sistema de saúde demonstra-se fortemente opressor, característico de longas filas de espera para o atendimento e de uma carência de recursos capazes de um promover uma administração mais retificada do trabalho de parto.    Em segundo lugar, a perspectiva depreciativa da sociedade em relação a esse grupo social também afeta esse contexto. Desde o período colonial, a sociedade brasileira tem a "patriarcalidade" como uma de suas principais características. Tal aspecto tende a ser pejorativo para o público feminino, que, apesar de constituir uma maioria populacional, se manifesta como uma minoria social, sendo constantemente inferiorizada. Nesse sentido, as mulheres grávidas se tornam mais vulneráveis socialmente que mulheres normais, já que a necessidade de cuidados especiais a esse subconjunto durante o período gestacional o torna um alvo mais facilitado de ser agredido.     Portanto, é inegável que as gestantes são profundamente oprimidas em vários setores da sociedade brasileira. É necessário que o Ministério da Saúde garanta um atendimento adequado às mulheres grávidas, por intermédio da elaboração de leis que tornem obrigatório em postos de saúde e hospitais uma assistência privilegiada às gestantes e a presença de uma infraestrutura básica para o desenvolvimento do ato de parir, com o fito de estimular um olhar mais cuidadoso do setor de saúde sobre esse grupo. Outrossim, a mídia deve estimular a denúncia pública das mulheres gestantes, mediante propagandas ministradas por profissionais da saúde que discutam sobre o efeito do aspecto físico e psicológico da mulher grávida sobre a saúde do embrião e como ações violentas podem alterar esses conscientes individuais , incentivando ao ato delator.