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Enviada em: 03/05/2019

A violência obstetrícia se dá quando a gestante ou parturiente é desrespeitada e têm seus direitos negligenciados. Praticada pelo médico, pela equipe hospitalar ou até mesmo por familiares, tal atitude pode se revelar tanto física quanto verbalmente e, muitas vezes, gera traumas irreparáveis na mulher.  Dito isso, de acordo com uma pesquisa feita pela fundação Perseu Abramo, do ano de dois mil e dez, uma em cada quatro mulheres, no Brasil, sofre violência no pré-natal, no parto ou no pós-parto. Os atos podem variar entre piadas desnecessárias, gritos, impedimento quanto a estadia de um acompanhante, uso de ocitocina para acelerar o trabalho de parto, sem haver necessidade, entre outros. Além de ser contra a lei, esses comportamentos causam estresse e medo na gestante, que no mínimo, deveria se sentir segura e amparada.  Nesse sentido, é possível dizer que muitas instituições hospitalares são omissas e não garantem os direitos da mulher. Isso se justifica pelo fato de que profissionais da saúde antipáticos têm seu emprego mantido, mesmo após praticarem os atos de violência citados. Além disso, outro fator que impede a solução desse problema é a falta de denúncia por parte da mãe, que, tomada pela insegurança e pelo medo de ir contra a instituição ou o médico, decide não revelar que sofreu algum tipo de maltrato.   Portanto, tendo em vista a realidade da violência obstetrícia no Brasil e os problemas gerados por ela, medidas devem ser tomadas. Primeiro, é necessário que o Ministério da Justiça priorize a segurança da mulher e crie uma lei às instituições hospitalares, para que desliguem da empresa profissionais anteriormente denunciados. Não menos importante, o Ministério da Saúde pode desenvolver uma campanha publicitária, por meio de comerciais televisivos e anúncios passados nas redes sociais, que incentivem as mulheres a denunciarem os casos de violência obstetrícia, de forma a tornar o assunto mais visível e possivelmente, evitar novos casos.