Materiais:
Enviada em: 25/06/2019

A criação do Sistema Único de Saúde(SUS),em 1988,trouxe ao Brasil uma ideia de atendimento médico universal,integral e de qualidade,entretanto,atualmente,este último conceito não se faz presente no que se diz respeito à obstetrícia,haja visto que são crescentes os casos de violência nessa área. Isso,devido ao uso de métodos arcaicos aliados à falta de humanização da equipe médica e,também,ao fato de no século XXI o nascimento ser colocado,muitas vezes,como indústria.Dessa forma,medidas públicas e de conscientização devem ser adotadas para erradicar o problema em questão.   Primeiramente, o documentário “ Violência Obstétrica, a voz das brasileiras” afirma que uma em quatro mulheres sofre com o desrespeito na hora do parto,como pode-se notar no caso da Ana Paula Garcia,primeira brasileira a denunciar esse tipo de abuso.Em seu parto, métodos arcaicos,como a Manobra de Kristeller (pressão no colo do útero) e a ministração do soro com ocitocina para aumentar as contrações foram utilizados, tal fato, comprovadamente, levou ao óbito do feto. Ademais,ela também conta que foi segurada de forma ríspida pelas enfermeiras,além de ter sido oprimida no momento em que começou reclamar das dores do parto.Relatos como esse deixam claro a necessidade de uma especialização humanitária do corpo médico,além da fiscalização por parte do governo.  Para mais,segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),85% dos partos podem ser realizados de forma natural,entretanto,muitos hospitais,principalmente particulares para atender uma maior quantidade de pacientes e ,automaticamente, receberem dinheiro para isso optam por cesarianas mesmo quando essas não são necessárias, dessa maneiro, fazendo do nascimento uma forma de indústria. Vale ressaltar que, de acordo com o portal online da rede globo(g1), é enraizado na sociedade brasileira a ideia de que o parecer médico é soberano, o que faz com que várias pessoas não os  questione  e acabe passando por procedimentos invasivos desnecessários.    Em suma,é de dever do Estado,por intermédio de leis, fazer com que faculdades da área da saúde tenham em sua grade curricular aulas para humanização e aproximação paciente/profissional,a fim de evitar que casos de tratamento inóspitos,por falta de zelo ao próximo, como os cometidos pela a equipe médica à Ana Paula não se repitam. É de obrigação governamental, também, fiscalizar e punir hospitais e profissionais que utilizem técnicas arcaicas na hora do parto, dessa forma, evitando que casos como o relatado pelo documentário perpetuem. Palestras para conscientizar a população devem ser ministradas pelo Ministério da Saúde,com o intuito de acabar com a falsa ideia de que a opinião médica é soberana, e, assim, evitar que métodos invasivos desnecessários sejam adotados pela industria do nascimento. A adoção de tais medidas é importante para acabar com o problema em questão.