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Enviada em: 22/07/2019

Durante a Revolução Francesa, muitas mulheres saíram às ruas em forma de protesto e chegaram a derrubar a monarquia, surgindo a ideia de movimento feminista. Com a formação desse grupo, denúncias sobre abusos contra mulheres se tornaram públicas, incluindo a violência obstétrica. Nesse sentido, deve-se analisar as causas dessa agressão e buscar soluções que amparem a mulher antes, durante a após a gestação.     Em primeiro plano, vale ressaltar o sistema de saúde, no Brasil, contribui para o crescente número de casos. Quando mencionado sobre o atendimento público, nota-se a falta de infraestrutura e quando tratado sobre a saúde privada, relata-se a gestação como negócio e lucro. Entretanto, há a uma coexistência nas duas formas de atendimento, que é a formação de profissionais da saúde focados no procedimento em si e não em todo o processo, o que faz com que diversas mulheres não tenham o auxílio adequado no pré e pós parto. Segundo dados da Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde, 50% das gestantes relatam mau recepção antes e durante o parto, comprovando tal foco dos profissionais.    Outrossim, geralmente, as mulheres não tem a percepção que sofrearam essa agressão. Como acontece no ambiente hospitalar, muitas mulheres acham que toda ação realizada é o procedimento correto e, por isso, não questionam. Essa realidade, aliada à falta de debates colabora para números expressivos de violência obstétrica, nos quais, conforme a ONU, 25% das gestantes brasileiras já sofreram.  Portanto, a possibilidade de debater sobre a mulher e suas necessidades, marcada pelo  movimento feminista, é necessária. Sendo assim, o Ministério da Saúde, em parceria com universidades referências em saúde, deve reavaliar o  suporte dado às futuras mães, em todo o período gestacional, por meio da escolha do médico pela família, da explicação sobre possíveis métodos adotados, de forma simples, além do acolhimento e paciência, desde a entrada da gestante no hospital, a fim de  humanizar e reduzir a violência obstétrica.