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Enviada em: 29/06/2019

No livro ''Memórias póstumas de Brás Cubas'' de Machado de Assis, a personagem revela que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Haja vista, que em uma das profissões com maior contato direto com os pacientes, as áreas da saúde, vem realizando a violência obstétrica. Nesse contexto,  mulheres grávidas em posição de vulnerabilidade são violentadas e submetidas a processos dolorosos, além dessa agressão ser potencializada pela visão arcaica inferiorizadora feminina.    Assim, verificam-se que médicos, principalmente, realizam procedimentos pouco éticos e desnecessários em gestantes, desrespeitando a decisão delas em ter parto normal ou cesária. Sob tal ótica, o sentimento de superioridade que a profissão na sociedade produz, transforma médicos sem a formação adequada atrelado há ausência de humanização para com as pacientes. Nessa lógica, esses métodos desumanos também visam a eficiência econômica.    Por conseguinte, as pacientes são violentadas e sofrem com técnicas dolorosas, como a episiotomia, o corte desnecessário no anûs para agilizar o parto normal. Conforme a revista Época, 36% das gestantes receberam a ocitocina, hormônio que acelera as contrações, para adiantar as concepções. Além de muitas vezes os profissionais realizarem cesárias dispensáveis, sem anestesia e o direito a acompanhantes.    Torna-se visível, portanto, o solucionamento da problemática, sendo imperioso que o governo disponibilize apoio psicológico as vítimas, além do amparo judicial, devido os procedimentos desumanos e sem consentimento das mulheres. É mister também que o problema seja mais difundido,  através de jornais e redes sociais, visto que ainda é pouco discutido, com o objetivo de proteger e auxiliar mais mulheres violentadas em um momento de total vulnerabilidade. Assim, tornando os procedimentos de saúde mais éticos e honrosos para o nosso legado as futuras gerações.