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Enviada em: 02/07/2019

No contexto brasileiro, demonstra-se substancialmente desacautelada a maneira como certas pessoas e administrações públicas municipais gerenciam o debate da violência obstétrica no país, o que acarreta irreversíveis prejuízos á saúde pública e ao desenvolvimento social na Nação. Essa circunstância desafiadora requer uma atuação mais contundente de instituições formadoras de opinião e de setores do poder público com o escopo de minoras as consequências adversas dessa agressividade com as grávidas no país.           Decerto, no Brasil ainda não existe uma lei definindo o que é violência obstétrica.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)estas condutas como abusos e maus-tratos durante o parto é considerado uma violação dos direitos humanos. Além disso, apesar de muitos indivíduos relacionarem o "parto humanizado" como um parto normal que acontece em casa e sem anestesia, na verdade, é aquele que respeita as escolhas da mulher no momento de partejar, com segurança, e resguarda os direitos dela e da criança. Contudo, essa realidade está longe de ser a de todas as brasileiras, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mães foram vítimas da violência obstétrica em todo o território nacional.             Acresça-se, ainda, que a cultura machista ainda predominante no país dificulta o processo de denúncia das mulheres que sofreram agressões obstétricas, deve ser levado em conta todo um contexto de falta de estrutura, falta de profissionais e falta de equipamentos adequados. Seguindo essa mesma linha de raciocínio,alguns médicos, inclusive, se aproveitam da falta de informação e da própria condição como profissionais para indicar procedimentos desnecessários e de conduta abusiva. Por analogia, uma mulher que sofreu esta violência está influenciada negativamente a desenvolver transtornos psicológicos devido aos abusos sofridos no momento do parto que vão da física até a sexual.            Destarte, compete ao Governo Federal, na condição de responsável pela execução do orçamento da União, intensificar investimentos na saúde para contemplar mais intensamente ás mulheres grávidas de forma que seja possível disponibilizar melhores estruturas e profissionais capacitados em hospitais públicos para que se realize um parto com segurança que garanta o seu direito de grávida. Além das escolas, universidades e setores do empresariado agir contra a cultura machista implantada com debates educativos, palestras e seminários com a finalidade de minimizar a violência obstétrica sofrida pelas mulheres brasileiras em prol do desenvolvimento social do país e promover uma mentalidade coletiva da valorização da mulher.