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Enviada em: 12/07/2019

Na obra filosófica "O Banquete", de Platão, há um diálogo sobre o amor e suas consequências. Não obstante, o diálogo do intelectual Fedro defende que o amor é um sentimento que desperta o que há de melhor no ser humano: as virtudes. Contudo, a violência obstetrícia é um ato desumano que rompe o amor entre a profissão do obstetra com a paciente. O poder público segue inerte e deixa a falta de virtude permanecer.       Primeiramente, é indubitável que o obstetra é o médico especialista que cuida do desenvolvimento do feto, além de prestar assistência à mulher nos períodos de gravidez e no parto. Por isso, a assistência médica não humanizada é sinônimo de irresponsabilidade da profissão. Aliado a isso, a revista Época evidencia a história da paciente Joyce Guerra, de 31 anos, não recebeu nenhuma explicação da cesária imediata que os médicos realizaram, o que enfatiza que a mulher perdeu a autonomia do próprio corpo e mostra que o ato cruel da violência obstetrícia existe.       Nesse contexto, o poder público segue em repouso com a problemática quando ignora os dados da violência obstétrica. Embora existam leis como a 17.097,que proíbe a violência obstétrica, os crimes continuam na medida que o poder público não pune severamente os responsáveis. Atrelado a isso, o diálogo supracitado de Fedro é unilateral quando trata-se de um parto humanizado: quando só existe humanização por parte da paciente e  nenhuma dos médicos.       Portanto, medidas governamentais devem ser efetivadas. A campanha "Violência Obstetrícia não!" deveria funcionar de modo prático e informativo, em que o poder público juntamente com o Ministério da Saúde poderia fazer pequenos comerciais midiáticos com os dados de violência obstetrícia para mostrar aos profissionais da saúde que devem ter mais cuidado e assim assegurar que a violência não repita-se. Ademais, é necessário que o poder público melhore a lei 17.097 com 5 anos, ou mais, de punição ao crime e que retirem a CRM, Carteira de Identidade Médica, dos profissionais que praticar a violência obstetrícia .