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Enviada em: 02/09/2019

A série Euphoria, do canal HBO, retrata em uma de suas tramas a personagem Cassie, uma adolescente que engravida aos 16 anos. Nesse sentido, a trama retrata todas as problemáticas que uma gravidez na adolescência pode ocasionar, como ansiedade, fuga da escola e o trauma do aborto. Todavia, distante da ficção, a realidade brasileira não se mostra tão discrepante, já que é notório o alto índice de gravidez na adolescência no pais. Diante disso, fica claro que as ações governamentais que reduzem esse quadro está presente nas ações de educação sexual escolar, na utilização da mídia engajada e na ampliação de políticas públicas em regiões carentes.   Neste contexto, é indubitável que a educação sexual nas escolas reduzem o índice de gravidez na puberdade, visto que de acordo com uma pesquisa da OMS, países que abordam tal tema, como  a Noruega, diminuíram em 40% os casos de gravidez na adolescência. Tal fato foi abordado pela psicóloga da USP, Marina Fernandes, que expôs que a educação sexual aborda formas de conscientização, riscos, além de formas de prevenção, ou seja, assuntos imprescindíveis aos jovens.    Além disso, a utilização da mídia engajada é uma ação governamental essencial ao se abordar tal tema, visto que canais como Youtube e Instagram concentram cerca de 80% dos jovens, de acordo com os dados do jornal Exame. Esse panorama, portanto, contribuí para uma abordagem desse tema de forma mais direta aos jovens, seja em vídeos, seja em postagens, à semelhança de países como Estados Unidos que possuem diversos  canais no Youtube especializado em saúde do jovem.  Ademais, é notório que a ampliação de políticas públicas no Brasil é urgente, já que de acordo com o jornal o Globo, o Brasil é um dos países da América Latina que menos se investe em campanhas de prevenção da gravidez na adolescência. Esse quadro, entretanto, é ainda pior quando se aborda as regiões periféricas do Brasil, visto que segundo o site G1, diversas cidades no norte e no nordeste do país não possuem nenhum tipo de campanha de conscientização nas escolas ou nos postos de saúde. Paralelo a esta questão, o sociólogo Milton Santos retratava que mesmo existindo um mundo globalizado, diversos jovens pobres não tem acesso a assuntos importantes como a saúde na gravidez. Infere-se, portanto, que o Ministério da Saúde em conjunto com o ministério da Educação, promova nas escolas, uma matéria na grade curricular que aborde o tema saúde sexual. Isso pode ser feito por meio de aulas com palestrantes e psicólogos que exponham o riscos da gravidez na adolescência, as formas de prevenção, além de promover um debate sobre o tema. Outrossim, o governo deverá criar canais no Youtube onde respondam dúvidas de adolescentes sobre gravidez e sexo seguro. Essas medidas teriam como finalidade uma maior conscientização e, desta forma, reduzir tão questão no país.